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Acordo histórico entre governos coreanos é vitória de Trump: Nobel da Paz?

Fonte: Gazeta do Povo (Foto: )

Os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul prometeram nesta sexta-feira (27) trabalhar pela “desnuclearização” da península, após um dia histórico de negociações na fronteira que as dividiu por quase sete décadas.

O encontro foi marcado por um surpreendente nível de simpatia entre os dois – incluindo um caloroso abraço na assinatura da conclusão das conversas -, mas sem muitos detalhes sobre o que, exatamente, “desnuclearização” significa para cada um deles.

Ainda assim, o fato de Kim Jong-un e Moon Jae-in terem passado tanto tempo juntos e feito uma declaração conjunta marca um progresso importante nas negociações, após um longo período de ameaças que trouxeram o medo da guerra de volta à Península Coreana.

“Isso abre um espaço político para Trump ter seu próprio encontro com Kim”, disse Duyeon Kim, membro do Fórum do Futuro da Península Coreana. “Mas, acreditar ou não em Kim Jong-un já é uma história completamente diferente”, acrescentou.

Que esse encontro histórico marca uma mudança importante e simbólica no relacionamento entre os dois países, isso é indiscutível. Mas se os “progressistas” normalmente vibram só com acordos e acreditam na palavra de ditadores comunistas, os conservadores são mais céticos. Por isso a comemoração é contida, e o alerta continua: é preciso ver o que será feito daqui por diante.

Dito isso, o encontro e a assinatura de um pacto são mesmo alvissareiros, e claramente uma vitória de Trump. Sem sua escalada no tom isso não teria acontecido. Sem suas ameaças e retórica mais dura, o ditador coreano continuaria fazendo seu típico bullying, com os demais cedendo na primeira piscada. Trump endureceu, colocou o bastão na mesa, e o ditador atômico recuou.

Nos bastidores, o secretário de Estado dos EUA e ex-chefe da CIA teve papel fundamental. Foi antes lá articular o encontro, que finalmente aconteceu, com ótimos resultados até aqui. Se antes os “especialistas” da mídia alegavam que Trump, “maluco”, causaria uma terceira guerra mundial e nuclear, agora tentarão de tudo para retirar o mérito do “homem laranja”.

Mas está claro para todos que o mérito é dele, que o show é dele. Afinal, o que mudou? Não o comando coreano do sul com seu pacifismo. Isso já era parte da estratégia antes de Trump, e não tinha dado certo. A única novidade no tabuleiro de xadrez foi justamente a chegada de Trump, que passou a falar mais grosso com o gordinho atômico, que acusou o golpe e sentiu o calor. Selecionei alguns tuítes para ilustrar a reação:

Dinesh D’Souza, acadêmico conservador que apoia Trump, ironizou, perguntando se afinal não é tão ruim assim ter um presidente americano meio maluco e nazista, como a esquerda rotula Trump. O próprio presidente se mostrou contente com os avanços, mas cauteloso com os resultados finais, postura prudente e adequada. Guilherme Fiuza, sempre com sua ironia fina, demandou a volta de Obama, caso contrário teremos o “risco” de ter paz na região.

O apresentador inglês Piers Morgan, de centro-esquerda, reconheceu que a conquista poderia ser suficiente para garantir a Trump um Nobel da Paz. E Alexandre Borges, assim como a página “Democrats for Trump”, alfinetou os “especialistas” da imprensa, que, se tivessem vergonha na cara, desapareceriam de cena ou pediriam desculpas em público, coisas que não vão acontecer: eles vão continuar como “especialistas” fazendo torcida ideológica em vez de análise, sempre de forma arrogante.

Arrogância que Trump, ao contrário, não demonstrou, sendo magnânimo ao reconhecer a importância da ajuda chinesa:

O Nobel da Paz seria merecido, mas acho que faria até mal para o currículo de Trump. Um prêmio, afinal, que até o terrorista Yasser Arafat já recebeu, e que recentemente foi dado para Obama e Al Gore por absolutamente nada. Trata-se de um prêmio “progressista”, que valoriza a retórica e jamais resultados concretos. Trump parece mais preocupado com resultados. E esse acordo coreano é prova disso.

Ainda assim, não deixa de ser engraçado imaginar a choradeira na esquerda: Lula preso e Trump Nobel da Paz?! Essa turma vai infartar…

Rodrigo Constantino

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