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Desde que ficou claro que bilionários estavam investindo pesado numa “terceira via” para formar políticos de esquerda com pinta de moderados e “limpinhos”, alguns de nós dedicamos alguns minutos para expor a farsa. Eu escrevi esse texto e gravei este vídeo, e Alexandre Borges escreveu esse texto. Desmascarar a esquerda disfarçada de centro é fundamental. E a turma acusou o golpe.

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Tábata Amaral de Pontes, a líder do movimento que tem recebido uma atenção espantosa da grande imprensa, chegou a escrever um “textão” de Facebook sobre os ataques que recebeu, que julgou “pessoais”.  Nele, pululam platitudes, slogans vazios e mais do mesmo: Marina Silva poderia ser a guru da turma. Seguem alguns trechos, intercalados por meus comentários:

Nos últimos dias, algumas pessoas aparentemente incomodadas com as ideias, valores e propostas do movimento de renovação política do qual sou co-fundadora, passaram a nos atacar diariamente. Não vendo que os tempos estão mudando e que precisamos de uma nova política, utilizam práticas antigas em seus ataques.

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Na política do passado, a personalização é mais importante que os movimentos. É por isso que, ao invés de contestar ideias, atacam pessoas. Foi assim comigo. Aliás, o que chamou a minha atenção foi que, dos líderes do movimento, a única escolhida para ser ultrajada tenha sido eu: mulher e jovem. Na política do futuro, pessoas como eu têm voz e vez. E, mais importante, não atuam sozinhas, mas sim com um movimento que já recebeu mais de mil inscrições de voluntários – nas 5 regiões do país.

Ninguém atacou a pessoa Tábata, como fica claro para quem leu os textos. Atacamos justamente as ideias ultrapassadas e esquerdistas do movimento, que não se tornam novas só por conta de uma roupagem nova.

Mas reparem que ela já faz uso do vitimismo típico da esquerda, da cartada sexual como fazia Dilma, alegando que foi alvo por ser mulher, e não por ser a que teve mais destaque na mídia, inclusive com entrevista ao programa de Pedro Bial.

Na política do passado vale tudo, inclusive a mentira. Vale utilizar fotos fora de contexto e vale inventar frases nunca ditas. Vale dizer que somos financiados por bilionários e vale afirmar que fazemos parte de uma conspiração global esdrúxula. Na política do futuro, por outro lado, jogo limpo e transparência são lei. Por isso é importante frisar: não amigos, não somos parte de nenhuma conspiração global. Listamos os nomes de todos os doadores do movimento no nosso site e, até agora, não temos nenhum bilionário. 

Fotos fora de contexto? Como aquela em que a própria Tábata está “tietando” um socialista Marcelo Freixo, ou o acadêmico marxista Fernando Henrique? Não há bilionários por trás do movimento? Então ele não tem absolutamente nada a ver com Guilherme Leal, da Natura, e Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil? Transparência? A turma vive é na era da pós-verdade, pelo visto, onde fatos não mais existem. Talvez essa foto esteja fora de contexto também, não é mesmo, Tábata?

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Podemos ver a turminha do Acredito feliz da vida ao lado de um Alessandro Molon, petista até “ontem” e hoje uma espécie de funcionário informal da Globo, além de um Jean Wyllys, o ex-BBB que gosta de cuspir e defender o socialismo, de um partido que apoia oficialmente até a ditadura venezuelana. Na ponta direita, o irmão de Luciano Huck, fundador do “Quebrando o Tabu”, que prega a legalização das drogas e outras bandeiras de esquerda. Que time isentão, não é mesmo?

Talvez Tábata esteja se referindo a essas outras fotos que ostenta com orgulho em seu perfil, dos livros que leu e gostou, com claro destaque para o Capital no Século XXI, do francês Thomas Piketty, certamente um economista “neutro”, não um empedernido esquerdista com fala mansa e pose de científico.

Vale notar que o livro de Piketty está até autografado, e ela expõe o autógrafo em outra foto separada, com muito orgulho. Mostrar o tipo de leitura que deixa a turma fascinada é um ataque pessoal, Tábata? Ou é expor quais ideias estão por trás desse movimento jovem, que já nasceu com cheiro de naftalina?

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Na política do passado, os ataques vêm de forma personificada. Chamam você de comunista e utilizam argumentos absurdos, insistindo nessa briga de foice entre esquerda e direita na qual só quem perde é o país. Na política do futuro, o que importa são as soluções. Elas são mais importantes do que seus autores. Nós defendemos um país onde as oportunidades sejam mais parecidas. Porque a meritocracia só faz sentido quando o ponto de partida é o mesmo.

E aqui temos o exemplo perfeito de esconder a mensagem igualitária socialista por trás de slogans vazios. Chamar de comunista um comunista é absurdo, essa briga de foice com a direita em nada ajuda o país. Não devemos ser “nem de esquerda nem de direita”. Vamos deixar isso para trás e focar em “soluções”. Quais? Claro, aquelas que buscam igualdade de oportunidades. Como?

Por meio do estado, óbvio! Meritocracia é um mito. Só faz sentido se “o ponto de partida for o mesmo”. Mas Tábata, como será o mesmo se já ao nascimento somos todos diferentes, vindo de famílias diferentes, com recursos e valores diferentes? O que a moça faz, no fundo, é atacar o conceito liberal de meritocracia, enquanto prega um socialismo velado.

Na prática, igualdade de oportunidades é o mesmo que igualdade de resultados: uma utopia inviável, que só pode ser “alcançada” por meio de um estado cada vez mais interventor e autoritário. Nem todos poderão fazer viagens pela Europa, cursos em Harvard e desfrutar de um network de peso na vida, Tábata. E certamente a concentração de poder no estado não vai nos aproximar dessa igualdade. Ao contrário: vai criar privilegiados, como vemos nas universidades federais.

Como fica claro, esse movimento Acredito é uma farsa, um movimento de “nova política” com toda a pinta de velha esquerda, só que com perfume novo. Seu ícone maior talvez não seja nem Marina Silva, mas Molon mesmo, aquele que as elites adorariam colocar na presidência por decreto. O sujeito que simula moderação na forma, enquanto carrega radicalismo no conteúdo. O companheiro do PSOL socialista. Um petista em essência!

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E isso, Tábata, é atacar as ideias, não as pessoas. Aprenda a diferença. Ninguém liga se você é mulher ou homem, ou até mesmo algo indefinido, de “gênero fluido”, como a galerinha “descolada” da esquerda que você aprecia defende, em nome da “diversidade”. O que realmente importa é que você defende ideias de esquerda, vencidas, ineficientes, ultrapassadas. O seu Acredito é no socialismo. E por isso só me resta dizer: #NãoAcredito!

Rodrigo Constantino