Fonte: GLOBO| Foto:

Após a polêmica em torno do comando da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o Presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, decidiu exonerar em definitivo o diretor-presidente, Ricardo Pereira de Melo, que ocupava o cargo sob poder de liminar. No lugar dele, foi nomeado Laerte de Lima Rimoli. Para isso, o governo teve que publicar uma medida provisória (MP) e um decreto alterando o estatuto da EBC de forma a permitir que o presidente nomeie e exonere a diretoria-executiva, independentemente de mandato.

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O nome de Rimoli para o comando da EBC é alvo de polêmica desde que Michel Temer assumiu a interinidade da presidência, com o afastamento de Dilma Rousseff. Tão logo ocupou a Presidência da República, Temer mudou o controle da EBC e exonerou vários servidores. Ligado à Dilma, Melo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu se manter no cargo via liminar.

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Em junho, em meio à polêmica sobre a extinção da empresa pública, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse que sua proposta de extinção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), revelada pelo colunista Jorge Bastos Moreno, ganhava adeptos dentro do governo e que discutiu a proposta com então presidente interino.

Geddel disse ao GLOBO que a EBC se transformou num “cabide de emprego” e “foco de militância”. O GLOBO já revelou que o projeto dos governos petistas de Lula e Dilma de transformar a EBC em uma instituição pública de comunicação consumiu mais de R$ 3,6 bilhões de recursos diretos do Orçamento do governo federal nos últimos oito anos, conforme levantamento feito pela assessoria técnica do DEM, a pedido do GLOBO.

Melo assumiu o comando da EBC em 3 de maio. Foi nomeado por Dilma uma semana antes da votação do Senado que a afastou da Presidência. Após exonerar o jornalista, no dia 17, Temer indicou o também jornalista Laerte de Lima Rimoli para o cargo. Assim que assumiu, Rimoli demitiu jornalistas contratados pela gestão anterior e proibiu os órgãos ligados à empresa de chamar Dilma de “presidenta” – termo que voltou a ser usado após a volta de Melo. Para o governo de Temer, a TV pública vinha sendo operada pelo PT e era preciso “despolitizar” a programação.

Ao retornar à empresa, Melo chamou de volta muitos dos colaboradores petistas. Segundo o governo, Rimoli, que recebeu a empresa com um déficit no orçamento de 94,8 milhões de reais e dívidas a fornecedores de 20 milhões de reais, estava começando um trabalho de desaparelhamento na EBC e revisão dos cargos criados para acomodar apadrinhados petistas. Verificou a existência de 11 gerentes deles próprios e 30 coordenadores sem coordenados e constatou a elevação do número de funcionários para mais de 2600. Rimoli também suspendeu, por 120 dias, para averiguação, sete contratos que somam quase 3 milhões de reais por ano.

A “polêmica” é, na verdade, uma patota encastelada na estatal tentando resistir às mudanças, para preservar suas boquinhas e o aparelhamento da empresa. Mas a farra acabou! Agora é hora de despetizar a máquina estatal mesmo. O presidente Michel Temer tem que se livrar de cada petista infiltrado no governo, nas estatais, nos fundos de pensão, pois todos são suspeitos, espiões em potencial, sabotadores.

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Ricardo Melo é um comuna que usa o jornalismo para fazer campanha partidária e ideológica. O ideal seria mesmo acabar com a empresa estatal. Mas se isso não for possível por enquanto, a segunda alternativa é limpá-la dos petistas infiltrados e contratar um quadro isento. Temer deve ser implacável com essa gente, pois sem dúvida essa turma está lá só para mamar nas tetas estatais enquanto grita “Fora, Temer”.

Que a decisão na EBC sirva como exemplo para todas as estatais e cargos ligados ao governo. Não há porque ser tolerante com os intolerantes do PT…

Rodrigo Constantino