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Agora a esquerda já não acha ruim ter celebridade de TV como presidente?
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A esquerda não brinca em serviço. E como a hipocrisia é sua arma registrada, aquilo que até ontem era motivo de demérito e muita ridicularização virou um ativo valioso a ser elogiado. Sim, quando Trump quis ser o candidato republicano, a intelligentsia usou o fato de ele ser um apresentador de programa popular de televisão para ataca-lo. Mas eis que agora a própria esquerda fabricou sua celebridade de TV como alternativa.

Falo, claro, de Oprah Winfrey, a mulher mais poderosa da nação, e ao mesmo tempo a maior vítima do planeta. Sim, pois sua fortuna toda veio da vitimização constante, do apelo à sua miséria na infância, com gente choramingando em seu programa sensacionalista, até mesmo com possíveis invenções sobre um eventual estupro, que parentes seus negam ter ocorrido de fato.

Seu discurso no Globo de Ouro foi aplaudido pelos bobocas e entendido pelos mais atentos como um balão de ensaio para uma candidatura. Oprah deve ter cansado de manipular indiretamente as cordas da política para eleger Obama, e pode ter resolvido assumir o comando do show. E a mídia já conseguiu produzir até uma pesquisa que a coloca, vejam só!, na frente de Trump. Uma favorita! No começo de 2018, com Trump tendo terminado seu primeiro ano de gestão. Vejam:

Pesquisa do instituto Rasmussen apontou uma vantagem de dez pontos percentuais da empresária e apresentadora de TV Oprah Winfrey sobre o presidente Donald Trump em uma hipotética disputa eleitoral em 2020 nos EUA, informou o blog político The Hill.

Na consulta, 48% disseram que votariam em Oprah, contra 38% que votariam para reeleger Trump. Outros 14% disseram estar indecisos.

Oprah seria a favorita de 76% dos democratas, de 22% dos republicanos e de 44% dos independentes.

Já 66% dos republicanos prefeririam Trump, que teria a preferência de 12% dos democratas e de 38% dos independentes, segundo a consulta do instituto, de tendência conservadora.

A máquina globalista já está a todo vapor, e ele, o especulador bilionário e maior “filantropo” das causas “progressistas” no planeta, George Soros, está lá, claro, ao lado da apresentadora. Alguém que consiga reunir dois pontos na “marcha das minorias oprimidas” é sempre um ativo e tanto, ao menos na concepção distorcida da elite presa na bolha.

Mas no mundo real isso não funciona assim, e por isso a surpresa geral com a vitória de Trump. Alguém, aliás, apontou para uma grande diferença nos programas de televisão de Oprah e Trump: enquanto ela ficou famosa distribuindo brindes e presentes em seu programa, o magnata tinha um show em que várias pessoas precisavam disputar de forma dura uma vaga de emprego. Se isso não é o melhor símbolo que separa a esquerda e a direita, não sei qual seria…

Rodrigo Constantino

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