Elijah Nouvelage/Getty Images| Foto:

Na sequência da polêmica em torno do cancelamento do discurso de Ann Coulter na Universidade da Califórnia, em Berkeley, um “senador” universitário que definiu o discurso de Coulter como uma “conversa violenta”, disse ao jornal da escola que a presença policial no campus é “traumatizante” para as minorias.

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Juniper Angelica Cordova-Goff disse ao Daily Californian em um e-mail que a “presença contínua, reforçada da polícia traumatiza novamente estudantes que vêm de comunidades com complicadas relações com o estado”.

“Eu não acho que a segurança do campus deve contar com a polícia”, disse ela. “Eu acho que [a UCPD] deve ser ativa no reconhecimento do trauma que sua presença por si só traz para alguns alunos e trabalhar para limitar sua visibilidade, permanecendo um recurso aberto para aqueles que optam por usá-lo”.

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A UCPD alocou mais de 300 oficiais em torno da área do campus como uma medida preventiva após o discurso programado de Coulter na UC Berkeley ser cancelado quarta-feira por causa das ameaças de violência. Coulter originalmente insistiu que iria falar no campus de qualquer jeito, autorizada ou não, mas acabou recuando da ideia depois que dois patrocinadores conservadores retiraram seu apoio.

Segundo a Heat Street, Cordova-Goff também disse ao LA Times que estava contente pelo discurso ter sido cancelado porque a retórica de Coulter prejudica as minorias e os grupos LGBT que têm o direito de “se sentir seguros” em seu próprio campus.

“Eu não acho que a liberdade de expressão de ninguém está sendo prejudicada”, ela disse na época. “Acho que às vezes a emenda da liberdade de expressão é usada como uma forma de enquadrar conversas violentas como uma questão de liberdade de expressão”.

“Conversas violentas”, ou seja, com viés conservador, não podem, para não “ofender” as minorias. Presença policial no campus não pode, para não “traumatizar” as minorias. Já minorias mascaradas e armadas com pedras, bastões ou mesmo coquetéis molotov, isso pode, pois são “movimentos sociais” em luta por “justiça social” e “reparação”. São umas vítimas mesmo. Tadinhos!

Rodrigo Constantino

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