“Nunca reaja”, dizem os pacifistas que mais parecem amigos dos bandidos. Até mesmo especialistas em segurança e policiais, às vezes, embarcam nessa. A cultura do ‘nunca reagir’ está espalhada pelo país, tomou conta de todos. Mas é a cultura da covardia, da negligência, que serve apenas para intensificar a ousadia dos marginais, como o especialista em segurança pública, Bene Barbosa, não cansa de dizer.
O caso da tentativa de assassinato da modelo Ana Hickmann mostrou que não é bem assim. Se ela está viva hoje, isso se deve ao fato de que seu cunhado reagiu, partiu para a cima do maluco que certamente iria matá-la e a todos no recinto.
Flavio Morgenstern escreveu verdadeiro tratado filosófico tendo como base o ocorrido. Recomendo a todos os interessados em mais profundidade a leitura na íntegra, pois versa sobre o mal, sobre as ideologias que o justificam ou alimentam, sobre a cultura da covardia e sobre a necessidade da virilidade, da Fortaleza. Após o longo arrazoado, ele conclui:
Ana Hickmann teve sua vida salva graças ao contrário do que prega toda a nossa sociedade, de cabo a rabo. Tudo aquilo que é chamado de atrasado, ultrapassado, opressor e, claro, “intolerante” e “fascista” foi o que garantiu que ela hoje respirasse.
Raríssimos são os que têm coragem de falar abertamente em masculinidade hoje (como o blog The Art Of Manliness), já que a pecha de “machista” é imediata e sempre aceita, como se o cavalheirismo e a proteção fossem o mesmo que espancar a mulher, os filhos, os gays e qualquer pessoa frágil, e não justamente o contrário. Explicar que apenas se defende a força como necessária para a proteção da maioria é um dos tabus supremos da modernidade. Uma rápida visita pelas palavras de G. K. Chesterton e tantos outros aristocratas ingleses, com sua doçura, rigor e asseio tão masculinos, mostraria outro mundo a quem crê nas ideologias contemporâneas.
Não é preciso concordar com visões de mundo religiosas e nem tampouco considerar aqueles que preferem um modo de vida com muito maior fragilidade como cidadãos menores (o que todos nós somos em alguma, ou várias, medidas), mas de entender por que visões de mundo que soam tão ásperas aos ouvidos da modernidade ainda têm sua importância e poderiam muito bem dialogar com quem se julga” racional”.
Ana Hickmann está aí, literalmente, para provar a importância da masculinidade e da Fortaleza que leva até o auto-sacrifício.
Outro dia, em conversa com amigos, surgiu o seguinte dilema: e se um brutamontes resolver mexer com sua mulher, o que fazer? A resposta, claro, passa pela definição de “mexer”. Palavras? Olhares? Isso é uma coisa, e o melhor talvez seja ir embora dali. Mas e se mexer significar meter a mão na bunda dela na sua frente? Existe um limite que, se ultrapassado, não deixa alternativa além de reagir. Mesmo que isso signifique um grande sacrifício para o indivíduo, um nariz quebrado, uma internação hospitalar.
A alternativa é humilhante demais, degradante demais, e fere de morte aquilo que entendemos como masculinidade. Infelizmente, o conceito anda “ultrapassado”, obsoleto, e alguns presentes disseram que não importa o ato praticado pelo brutamontes, o certo, o racional, é partir e evitar a dor. Evita-se a dor física, talvez, mas e a dor da alma? E a perda da admiração da mulher?
À exceção das feministas, a maioria quer sim um homem que a proteja. Uma das amigas presentes foi sincera ao admitir. No fundo, até as feministas querem. Como diz Pondé, a admiração pela “sensibilidade” masculina não dura até a página três…
Voltando ao caso de Ana Hickmann, não só o heroísmo do homem presente a salvou, refutando a tese do “nunca reaja”, como fica claro que o problema não é a arma em si, e sim quem a possui. A mesma arma que pode matar um inocente serve para impedir a morte de muitos inocentes. Legítima-defesa. É o óbvio, mas como ele tem sido ignorado! Alexandre Borges comparou o caso com o da mulher de Polanski:
Esta é Sharon Tate, uma das mulheres mais bonitas da história do cinema.
Ela foi brutalmente assassinada em 1969 com oito meses de gravidez, aos 26 anos, pelos tarados da família Manson, nome do grupo de hippies seguidores de Charles Manson que passavam o dia se drogando, fazendo orgias e cometendo roubos e assassinatos, aquilo que hoje alguns chamam de “movimento social” ou “coletivo”. Sharon Tate esperava um filho de Roman Polanski.
É realmente uma pena que Sharon Tate não estivesse usando as armas que aparecem nesta foto quando os seguidores de Charles Manson invadiram sua casa ou ela e seu filho teriam alguma chance de sobreviver.
Ana Hickmann teve uma sorte diferente: foi protegida por seu cunhado Gustavo Correa que tomou a arma do agressor e ela não sofreu um único arranhão. O que fez a diferença? A arma na mão de uma pessoa de bem defendendo seu ente querido contra um criminoso.
Armas nas mãos certas salvam vidas. É óbvio, mas não custa lembrar.
– Em apenas cinco minutos, tudo que você precisa saber sobre armas: “Disparado em Primeiro” https://youtu.be/sKc10A4c028
Armas não matam; pessoas matam. E contra essas pessoas armadas que querem matar inocentes, nada como um homem igualmente armado ou capaz de enfrentar o perigo para defender os demais. Foi isso que salvou Ana Hickmann. É isso que as feministas tanto atacam e condenam.
Rodrigo Constantino