Já estamos mais do que acostumados com o modus operandi da esquerda no mundo moderno. Sempre que lhe falta argumentos – ou seja, sempre – ela vai lá e puxa da cartola algum rótulo para colar na testa do adversário e encerrar o “debate”. A cartada de vítima como membro de alguma minoria virou o maior “argumento” em si da esquerda hoje, que nada seria sem a política de identidade. A esquerda não enxerga gente normal que simplesmente discorda dela, mas inimigos mortais que são pessoas ruins com agendas malignas.
É assim que o mundo acaba sendo dividido pelos “tolerantes” da esquerda. As “minorias”, que somam uns 75% da população, do lado “oprimido”, e os homens brancos heterossexuais cristãos ou judeus como os grandes “opressores”, numa sociedade machista patriarcal que é o Ocidente, por acaso a civilização que mais garantias e vantagens trouxe a essas minorias. Quando surge uma figura incômoda, algum membro de minoria que discorda da esquerda e concorda com os conservadores, ela precisa ser tratada como traidora, e ponto final. Ninguém mais precisa pensar ou debater com essa tática.
Foi assim que uma analista da CNN resolveu reagir a uma discordância com um colega jornalista. Areva Martin não tinha, pelo visto, bons argumentos para rebater David Webb numa discussão, então resolveu acusa-lo de pertencer ao grupo de elite dos “privilegiados brancos”. Sua visão sobre o racismo seria fruto direto dessa posição de vantagem. Só há um pequeno problema: Webb é negro.
Webb precisou interromper Areva para esclarecer esse ponto, ignorado pela moça. A troca de mensagens é uma das coisas mais constrangedoras já vistas na mídia. Apresentadores da Fox News debateram o episódio.
Tucker Carlson, também da Fox News, não conseguiu segurar a gargalhada ao relatar o ocorrido:
Tucker tem todo direito de rir da situação, ridicularizar a analista da CNN, que pretende, aliás, contratar 400 jornalistas para inaugurar canal no Brasil, com apoio financeiro do bilionário Rubens Menin, da MRV, que elogiava o programa “Minha Casa Minha Vida” de Dilma. A esquerda finca mais um pé em nosso país, já dominado pela hegemonia esquerdista na imprensa, com raras exceções. E essa turma poderá acusar Tucker, ao menos, de “privilégio branco”, e assim impedir o debate de ideias. É o que resta aos “progressistas” atualmente.
Enquanto isso, eu aproveito para perguntar: onde está a Fox News do Brasil?
Rodrigo Constantino