Não é de hoje que a mídia está tomada por esquerdistas. O fenômeno mistura décadas de lavagem cerebral nas universidades com um aparelhamento deliberado por socialistas, além do próprio viés natural dos jornalistas. Mas nunca tal preferência ideológica ficou tão escancarada como na cobertura da política americana, em especial nas reportagens sobre o presidente Trump.
Ninguém é obrigado a gostar do “fanfarrão”, e basta citar que mesmo entre os republicanos houve forte resistência ao seu nome. Mas quem pretende fazer análise precisa deixar esse filtro particular o mais distante possível. Caso contrário não estamos diante de analistas, e sim de torcedores partidários. E torcedores não costumam ser imparciais: sempre acham que o juiz ajudou o adversário.
Com base nessa torcida, os jornalistas e seus “especialistas” conseguiram errar tudo — simplesmente tudo! — quando se trata de Trump. A começar, claro, com as chances de sua vitória, que consideravam praticamente nulas. Logo em seguida passaram a prever o caos, o apocalipse, tanto na economia americana como na geopolítica. Trump iria afundar a América e causar a Terceira Guerra Mundial.
Os alertas de quem estava efetivamente analisando o cenário eram ignorados, como coisa de fanático de extrema direita. Resultado: até aqui, os “especialistas” ficaram totalmente desmoralizados, enquanto quem deixou a ideologia de lado tem acumulado acertos — e credibilidade. A economia americana deixa o marasmo da era Obama para trás e o desemprego bate recorde de baixa, principalmente entre as minorias, que Trump supostamente odiava. E a postura com mais testosterona do presidente, resgatando o papel de xerife do mundo da América, já surte os efeitos positivos, inclusive com um acordo histórico com o ditador comunista coreano.
Tudo isso sob o ininterrupto ataque da imprensa, apelando cada vez mais para táticas patéticas e fazendo de tudo para pintar Trump como um maluco imbecil perigoso. O duplo padrão salta aos olhos do mais ceguinho dos observadores. Se Obama recebia um Nobel da Paz antes de governar e era idolatrado pelos jornalistas ao se curvar diante do ditador cubano ou do regime iraniano, como se fosse trazer a paz mundial dessa forma covarde, Trump é detonado como um terrível isolacionista belicoso, a despeito de seus resultados concretos para mostrar.
Os jornalistas amavam a ideia de Obama, como agora amam o que o “progressista” canadense Trudeau representa, apesar de sua pusilanimidade ser gritante. Enquanto isso, alimentam seu ódio irracional por Trump, que não dá a mínima para o chororô histérico da mídia, e segue focado em deixar um legado positivo. Não temos analistas sérios; apenas torcedores — cada vez mais humilhados pelos fatos.
Texto originalmente publicado pela revista IstoÉ