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Por Ricardo Bordin, publicado pelo Instituto Liberal

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Vamos ver se entendi bem: em diversos países do continente europeu, vem sendo registrados casos de abusos perpetrados por imigrantes contra mulheres; a regra vigente nestas nações é o desarmamento, isto é, afora algumas exceções como a Suíça, os cidadãos comuns tem grande dificuldade em adquirirem armas de fogo para sua proteção; e, ainda assim, quando algumas das vítimas em potencial resolvem fazer uso de dispositivos de menor capacidade lesiva, para uso em casos de legítima defesa, são acusadas de serem xenófobas, até mesmo pelos conterrâneos? Ao menos é o que divulga o jornal Extra hoje. Então eu acredito. Mas que é complicado compreender o politicamente correto – e o nó que ele dá na lógica – isso é.

Senão vejamos: há uma grita mundial, protagonizada por movimentos feministas, de que existe uma suposta “cultura do estupro” em voga, segundo a qual todos os homens são estupradores em potencial, e por meio da qual a sociedade enxerga como natural que eles subjuguem mulheres para seu regozijo carnal – com direito a pesquisa do Datafolha “comprovando” tal barbaridade. Aqui não cabe nem ressaltar a imprecisão dessa argumentação (deixo minha amiga Paula Marisa fazer isso por mim), mas sim destacar sua incongruência com a reação histérica em relação aos pobres sprays de pimenta: ora, se a intenção é que as mulheres não fiquem a mercê de tarados, a melhor coisa a fazer é permitir que elas possam estar “empoderadas” quando cruzarem a proa de algum. Fazer textão no Facebook enquanto o maníaco lhe manda despir-se não vai resolver a situação, pode acreditar.

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Nem tampouco tachar as vítimas de racistas após o ato consumado produz efeito significativo. A não ser, claro, que do outro lado esteja outra “minoria” étnica (cerca de 1,2 bilhão de terráqueos adeptos do Islamismo), cuja religião (atenção: ninguém está falando de terroristas!) apregoa o apedrejamento de mulheres casadas que tenham sido estupradas – a menos que apresentem quatro testemunhas masculinas que declarem que o sexo não foi consensual (ainda que o seu marido já tenha falecido). Então estaremos diante de um caso de islamofobia, claro.

Aí fica difícil não dar razão à jornalista dinamarquesa que desabafou e disse, para repulsa dos “progressistas”, que os europeus estão afeminados e as mulheres em perigo. Com essa atitude pusilânime diante de tamanha falta de respeito pelos valores ocidentais (ou, em português claro, com as respectivas esposas, mães, filhas, irmãs sendo desrespeitadas diante de suas barbas), não dá para ter muita esperança em dias melhores – ou, ao menos, sem mulheres traumatizadas e submetidas à burca.

A sensação de ser a “elite culpada” do mundo, aliada ao sentimento de culpa pelo período colonial, ainda vai manter as portas da Europa abertas de forma indiscriminada por muito tempo. Esse preconceito dos europeus contra si próprios é caso de psiquiatria.

E o que chama a atenção no rodapé da reportagem: o partido que teria distribuído os sprays de pimenta é denominado Movimento Socialista Nacional da Dinamarca (DNSB). E adivinhem? Claro, trata-se de uma sigla de extrema-direita neonazista, conforme o periódico. Impressiona (mas nem tanto) a desfaçatez dos jornalistas e historiadores que buscam dissociar Hitler e sua trupe dos movimentos coletivistas, desconsiderando todas as características em comum entre Nazismo, Comunismo e Fascismo – praticamente trigêmeos que brigaram.

“Ah, mas os conservadores são pessoas com forte sentimento nacionalista também”. Segundo Roger Scruton, “para as pessoas comuns, que vivem em livre associação com seus semelhantes, “nação” significa simplesmente a identidade histórica e a lealdade que as une no corpo político; trata-se da primeira pessoa do plural da comunidade”. Vale dizer: se alguém quer fazer parte de nossa comunidade, precisa identificar-se com ela, adaptar-se, moldar-se aos seus costumes. Se for pedir demais, pelo menos não arranque a roupa das mulheres na rua em pleno réveillon. Ou então prepare os olhos, porque eles vão arder.

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Tudo isso é muito diferente de ser preconceituoso, fascista, nazista, xenófobo, e demais insultos da cartilha do pessoal que protesta de minissaia.

Não é só o Brasil que cansa, viu…

Sobre o autor: Atua como Auditor-Fiscal do Trabalho, e no exercício da profissão constatou que, ao contrário do que poderia imaginar o senso comum, os verdadeiros exploradores da população humilde NÃO são os empreendedores. Também publica artigos em seu site: https://bordinburke.wordpress.com/