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Artistas x Galeristas: luta de classes ou apenas hipocrisia?

Uma reportagem da Folha mostra que haveria um racha entre artistas e galeristas, com os primeiros defendendo em peso o governo Dilma (i.e., a quadrilha petista) e os últimos apoiando o impeachment. Os artistas “românticos”, presos ideologicamente nos tempos da Guerra Fria e sem conhecimento de que o comunismo perdeu, repetem que é tudo uma “luta de classes”. Os galeristas são o mercado, e eles representam o “povo”. Risos.

Os artistas vivem de quê? Ora, as galerias são os meios pelos quais suas obras são vendidas. Isso chama-se mercado. Quando é livre, o consumidor escolhe. Quando é dominado pelo estado, o “mecenas” do burocrata usa recursos públicos, extraídos dos nossos impostos, para bancar “artistas” que não gozam da estima do público. Qualquer artista bom, para ser respeitado, precisa se sustentar por trocas voluntárias, agradando seu público em vez de seu “mecenas” estatal.

Mas essa realidade evidente derruba a narrativa romântica do artista como o boêmio descolado que rejeita o modus vivendi da burguesia capitalista. Esses artistas adoram, no fundo, os dólares que as galerias lhes pagam com as vendas no mercado de suas obras. Depois insistem no discurso de luta de classes, condenando o lucro, por pura hipocrisia. Vejam alguns trechos:

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Mas entre os artistas há as raras e honrosas exceções:

Quebrando o coro dos que defendem a manutenção do governo, Nelson Leirner é um dos poucos artistas a se manifestar a favor do impedimento da presidente. “Se ela não renunciar, o impeachment é a solução”, diz. “O que a nossa sociedade está aguentando é horrível. No Japão, Lula e Dilma já teriam feito haraquiri.”

Está certo ele, claro. Mas é ousado dizer o óbvio no meio artístico, dominado pela patrulha de esquerda e pelas tetas estatais abundantes. Erra quem pensa que não dá para ser artista de qualidade e liberal. Vide Mario Vargas Llosa. Não é preciso ser um Romero Brito para viver do mercado. Há demanda por coisa boa, sem a necessidade de um mecenas estatal. Somente quando depende do mercado o artista pode ser independente.

Caso contrário, temos isso que vemos por aí aos montes: militantes petralhas defendendo o indefensável. A esses bocós ou vendidos, só tenho uma coisa a dizer: BOICOTE!

Rodrigo Constantino

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