Michael Christopher Medjia é o nome do sujeito acima. Ele mora em Los Angeles. Com essa carinha de anjo, ele já tinha sido preso ao menos cinco vezes, só nos últimos 7 meses. Era membro de uma gangue. Em 2010, ele foi condenado por roubo a 4 anos de prisão. Em 2014 foi condenado novamente, dessa vez a dois anos de prisão, por outro crime. Mas ano passado ele foi solto, com base numa lei da Califórnia que pretende desafogar as prisões estaduais. Desde então, foi confinado cinco vezes por violação de sua condicional. Sua prisão mais recente foi no começo deste mês.
Mas ele foi solto uma vez mais. Afinal, trata-se de um estado “progressista”, cujas leis são bem mais leves do que no Texas, por exemplo. Após um período de dez dias em média, Medjia era solto novamente a cada captura. Sua alegação era digna de um petista: ele não sabia quais eram as condições da condicional, e por isso as quebrava. São os “encarceramentos relâmpagos”, apenas para afastar o meliante das ruas por um prazo temporário. E ele logo estava de volta às ruas.
Para finalmente cometer seu crime mais grave: matou um policial numa troca de tiros. O oficial Keith Boyer foi morto, assim como o próprio primo do assassino, Roy Torres, graças ao Assembly Bill 109 da Califórnia, que busca “realinhar” presos de forma mais suave, enviando-os para prisões do condado.
O que parecia um simples acidente de carro virou uma troca de tiros fatal. O policial foi ajudar a retirar o motorista após um acidente, e Medjia, que tinha roubado o veículo depois de matar o primo, já sacou sua arma e partiu para o ataque letal. Um policial sobreviveu, ferido, mas Boyer não resistiu e morreu. O caso foi tema do “O’Reilly Factor” na Fox News ontem, mostrando a revolta e o sofrimento dos amigos e familiares do policial morto.
É o que acontece quando as leis protegem, em vez de punir com rigor, os criminosos. As vítimas são os cidadãos decentes, muitas vezes os melhores: aqueles que colocam a própria vida em risco para proteger os demais.
Rodrigo Constantino
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