“Uma disposição para sacrificar crianças é um sinal de uma cultura da morte.” (Jean Elshtain)
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta terça-feira que a polícia acredita conhecer a identidade do suspeito que matou 22 pessoas, muitas delas crianças e adolescentes, em um show da cantora pop Ariana Grande em Manchester. Falando em frente à sua residência oficial na Downing Street, a premier disse que as autoridades, no entanto, ainda não estão prontas para revelar informações sobre o terrorista. Ela confirmou que o autor do ataque tinha realizado a ação sozinho, mas ainda não estava claro se outras pessoas tinham ajudado na preparação do atentado.
— À noite experimentamos o pior da Humanidade em Manchester — declarou a premier.
Segundo May, o autor do ataque tentou provocar o maior número de mortes possível. Outras 59 pessoas ficaram feridas.
— Sabemos que um único terrorista detonou um dispositivo caseiro perto de uma das saídas da arena, deliberadamente escolhendo a hora e o local para provocar uma carnificina máxima — disse.
O homem que executou o ataque na Manchester Arena, ao final do show da cantora na noite de segunda-feira, morreu ao detonar uma carga explosiva. Foi o atentado mais violento no Reino Unido desde os que atingiram os transportes públicos de Londres em 2005.
Não vamos nos precipitar! O terrorista pode ser de qualquer seita religiosa ou ideológica, claro. Ele pode ser um admirador de Trump ou de Le Pen, de Churchill ou de Thatcher. Ele pode ser um budista, um cristão, um judeu, um hinduísta ou até mesmo um muçulmano. E criar uma expectativa de que ele pertence a uma dessas religiões e não às demais seria puro preconceito, certo?
Errado! “Pensar” assim já é um resultado de décadas de lavagem cerebral politicamente correta, de multiculturalismo. Sim, porque está evidente para qualquer pessoa razoável que a probabilidade de o terrorista ser do Islã é muitíssimo maior. Claro que ele pode ser outra coisa, mas não é o que se espera.
E o motivo é óbvio para quem não abdicou da razão: se nem todos os muçulmanos são terroristas, quase todos os terroristas hoje são muçulmanos. Uma ala do Islã, mais radical e literal, declarou guerra ao Ocidente. E pior: invadiu o Ocidente, pois suas fronteiras foram escancaradas, eles foram convidados, mesmo aqueles que se recusam a assimilar a cultura local que os recebe.
Está aí o resultado trágico disso. Uma cultura que enaltece a morte em vez da vida está no quintal da Europa, nas suas principais cidades. E crianças são alvos deliberados, o que demonstra uma completa falta de humanidade, a barbárie em seu estágio mais puro. Em Esquerda Caviar, escrevi:
Como colocar no mesmo patamar um povo que faz de tudo para proteger as suas crianças e minimizar as perdas de inocentes do lado inimigo, e outro que tenta deliberadamente matar as crianças dos seus inimigos e usar as suas próprias como escudos humanos ou bombas? Não perceber tamanha discrepância só pode ser fruto da suspensão da razão.
Falava de Israel e Palestina, onde os terroristas do Hamas miram de propósito em crianças israelenses e não se importam em usar as suas próprias crianças como “escudos humanos”, armazenando suas bombas ao lado de escolas para impedir ataques cirúrgicos de Israel. Enquanto isso, os soldados israelenses fazem de tudo para proteger não só as crianças de Israel, como também as palestinas.
Quem não enxerga o abismo moral é cego. Vejam, por exemplo, Eduardo Suplicy, o eterno sonso, elogiando a comida ao lado de um sujeito que, como soubemos, lançou uma bomba em cima de manifestantes pacíficos de direita em São Paulo:
A “virada cultural” da esquerda significa defender terroristas? Sabemos que vários socialistas acabam apoiando sim terroristas islâmicos, tudo para odiarem em conjunto o Ocidente liberal e capitalista. São unidos pelo ódio, e por isso é preciso barrar não só os bárbaros do lado de fora, como também combater aqueles do lado de dentro dos portões.
Mas o mínimo que deveríamos esperar das autoridades é um endurecimento com a imigração, um filtro mais rigoroso, um combate a esse multiculturalismo tosco. Não são culturas “apenas diferentes”, e não precisamos, em nome da tolerância, “tolerar” tudo, pois o assassinato de crianças e adolescentes é simplesmente intolerável. Alexandre Borges resumiu:
Estamos lidando aqui com uma seita assassina, como aquela que deu origem ao termo, só que uma bem mais letal, armada, bárbara. Se antigamente os “assassinos” miravam líderes de sua própria religião islâmica tidos como infiéis, e os matavam com suas espadas, hoje colocam bombas caseiras em mochilas, repletas de pregos para causar mais estrago, e vão a locais públicos, ao metrô, a shows para adolescentes em estádios lotados, e explodem inocentes.
Vamos aguardar a identidade do terrorista ser revelada. Mas tenho certeza, leitor, que você não espera algum budista, e sim um Mohammed. E isso diz muito sobre o que é preciso saber: que o Ocidente, todo o nosso estilo de vida, está sob ataque por uma seita fanática, com a cumplicidade de muitos ocidentais covardes ou niilistas, que gritam “islamofobia” ao primeiro sinal de crítica feita ao Islã.
PS: Imediatamente após a publicação do artigo, parece que o Estado Islâmico, o Isis, assumiu a autoria do atentado. Alguém surpreso? Mas não vamos fazer elo algum com a religião do profeta, cujo livro sagrado manda matar “infiéis” como uma obrigação dos crentes…
Rodrigo Constantino
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