O corno manso é aquele que vê a mulher pelos cantos com o malandro e ainda se oferece para levar um drink. A mulher de malandro é aquela que apanha e pede mais. E a vítima da Síndrome de Estocolmo é aquela que se apaixona pelo algoz sequestrador. A grande imprensa brasileira é uma mistura disso tudo. Seu relacionamento com a extrema-esquerda é mesmo um caso psiquiátrico.
O caso recente da agressão sofrida pela jornalista Miriam Leitão expõe bem isso. Miriam defendeu a vida toda a esquerda, abraça a causa feminista, aplaude as cotas raciais, e nunca conseguiu fazer um mea culpa de sua juventude comunista, preferindo capitalizar em cima da imagem de vítima de um regime militar arbitrário. Mesmo na hora de denunciar os agressores, com um estranho atraso de dez dias, fez questão de afirmar: “o PT não é isso”. Não?
O PT é isso e coisa pior! É o partido camarada dos piores ditadores socialistas; aquele que tentou censurar a imprensa; que controla seus militantes baderneiros e criminosos dos “movimentos sociais”; o “partido” que considera José Dirceu um herói, o mesmo do mensalão e do petrolão, e que conclamou no passado a militância para bater nos adversários nas urnas e nas ruas. Miriam, jornalista, não sabe disso?
Mas se Miriam e seu jornal são firmes e veementes na hora de criticar a “extrema-direita”, nunca se vê a mesma determinação ao condenar a extrema-esquerda. Aliás, o termo sequer aparece nas reportagens. É como se não existisse! Ninguém fala em preocupação com a “crescente onda socialista” no País, desses que colocam máscaras e quebram tudo, ameaçam tocar o terror se o “chefe” for preso, os fascistas de esquerda. A preocupação é só com a “onda conservadora”.
Após a jornalista divulgar o ocorrido no voo, com um estranho atraso, repito, o PT emitiu uma nota oficial com um “pedido de desculpas”. Mentira. Os petistas fizeram o que sabem fazer: jogaram a culpa em terceiros. No caso, na própria Globo, que fomentaria o “clima de ódio” no País. Atenção: não é o próprio PT que faz de tudo para segregar o povo. Imagina!
Mas o que a Globo faz diante disso? Cede cada vez mais espaço para a esquerda radical. Molon e Randolfe, da Rede de Marina Silva, uma espécie de PT embalado à clorofila, batem ponto na emissora, assim como Chico Alencar e Jean Wyllys, do ultrarradical PSOL. Freixo, então, é o queridinho da turma. Quanto mais a Globo apanha, mais ela tenta acenar com carinho na esperança de não ser mais chamada de “golpista”.
É uma postura pusilânime vergonhosa, da mídia em geral, dos jornalistas, e também dos tucanos. São todos de certa forma coniventes, plantaram as sementes dessa esquerda carnívora que agora os devora. É uma autofagia dentro da própria esquerda.
Originalmente publicado na revista IstoÉ
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