Um membro da Antifa e um membro do Black Lives Matter brigaram durante um protesto em Dallas nesse sábado, contra monumentos de “supremacistas brancos”. O Washington Post reportou que 2.300 pessoas foram à manifestação, e a briga teria ocorrido perto do desfecho do evento.
Um vídeo capturou a faísca entre os dois, não contra algum “supremacista branco” pró-Confederados, mas dos grupos de extrema-esquerda que atacavam esses supostos nazistas. Membros do Black Lives Matter exigiam que aqueles da Antifa retirassem suas máscaras e saíssem da cidade.
Um membro do BLM parecia liderar a gritaria, enquanto o outro da Antifa reagia com algo que emitia um barulho alto, feito uma sirene. Os membros da Antifa passaram então a acusar o membro do BLM de ser um policial. Vejam a confusão:
Ambos os grupos parecem concordar sobre a necessidade de derrubar a “supremacia branca”, bem como com as noções de que a América é um país racista e que a polícia é uma ameaça para o público. Você pensaria que eles seriam amigos rápidos à luz da violência vista em Charlottesville.
No entanto, enquanto os aliados brancos são apreciados pela Antifa, o BLM acredita que os brancos devem ocupar um banco de trás e apoiar os ativistas negros que lideram os movimentos. Os brancos, mesmo aqueles contra a “supremacia branca”, devem assumir um papel secundário, já que o “privilégio branco” é um fenômeno real.
Para o Black Lives Matter, é importante levar a sério que a vida dos negros é a prioridade, e alegar que “todas as vidas importam” é desmerecer a luta por justiça e o grau de opressão sofrida pelos negros.
Com a atenção que a mídia tem dado a ambos, com a visão segregacionista do mundo moderno, onde só as políticas de identidade importam, não mais os indivíduos, e com a natural busca por protagonismo nessa disputa, era inevitável que os dois movimentos entrassem em conflito.
É a autofagia na extrema-esquerda. O denominador comum que une tantos grupos diversos nessa “revolução das vítimas” é o ódio ao homem branco cristão ou judeu. Mas é questão de tempo até que um olhe para o outro e descubra que não há espaço e privilégio para todos. Negras vão brigar com feministas brancas, gays brancos vão brigar com gays negros, pobres negros vão brigar com pobres brancos e ambos com ricos de todas as cores, e por aí vai.
Uma vez que soltaram o gênio da lâmpada, fica difícil colocá-lo de volta. Quem não chora não mama, e todos aprenderam que o importante é posar de vítima e usar a violência para impor seus desejos, de preferência à custa do trabalho alheio. A conta não fecha…
Rodrigo Constantino
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