Celso Rocha de Barros, colunista da Folha de SP que representa bem a postura típica do “isentão”, que invariavelmente tem uma queda pela esquerda, resolveu falar hoje do “barraco dentro da direita”, envolvendo Reinaldo Azevedo de um lado e Joice Hasselmann e eu do outro.
Para ele, o caso representa basicamente uma disputa de território dentro da direita, entre aquela organizada e institucionalizada nos partidos DEM e PSDB que estão apoiando Temer, e aquela ainda sem partidos que torceria para a queda do presidente.
O doutor em sociologia está duplamente errado: não se trata de uma disputa dentro da direita, pois o PSDB e o DEM não são de direita, mas sim de centro-esquerda defensores da social-democracia nos moldes europeus ou do Partido Democrata americano; e o lado de cá não quer a queda de Temer, pois reconhece que ele tem feito um governo razoável de transição.
Nós simplesmente não aceitamos ataques ilegítimos à Lava Jato, o que é bem diferente. Não temos bandidos preferidos e não fomos às ruas só para derrubar o PT e deixar o caminho livre para os tucanos. Nós realmente queremos mudar o país, que precisa de uma guinada à direita, algo que o PSDB certamente não pode fazer.
Tampouco acho – e aqui falo somente por mim – que Jair Bolsonaro seja a grande alternativa para essa mudança. Não vou demonizá-lo como faz a esquerda – inclusive a “direita da esquerda”, como no caso de Reinaldo Azevedo. Acho que Bolsonaro tem um excelente papel a continuar cumprindo na nação, especialmente no Legislativo ao representar o “exército de um homem só” contra a esquerda organizada. Mas não o vejo como o “Trump brasileiro”, alguém cujo perfil também me desperta ressalvas, mas que considero importante para combater o globalismo em curso.
Eis a boa análise feita por meu amigo Nivaldo Cordeiro sobre o artigo e o caso:
Nada mais a acrescentar.
Rodrigo Constantino