O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), marcou para a próxima terça-feira (23) a votação da admissibilidade da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece eleições diretas em caso de vacância do cargo de presidente em até seis meses do fim do mandato.
O texto é uma proposta de mudança à Constituição, que atualmente diz que, em caso de queda do presidente tendo decorrido pelo menos dois anos do início do mandato original e na ausência do vice, o próximo ocupante deve ser escolhido por eleições indiretas, ou seja, pelo Parlamento.
A PEC 227/2016 apresentada em junho do ano passado pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) ainda não havia sido apreciada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.
Casuísmo, oportunismo, golpe: apelar para “eleições diretas” nesse momento, ao contrário do que alegam os interessados, não é transferir para o povo a decisão e resgatar a credibilidade, aquela que o Congresso não tem, e sim brincar com fósforo num paiol de pólvora.
Democracia direta, não vamos esquecer, foi o que levou a Venezuela a tal destino. Se manipulada, com recursos, mídia e até mesmo urnas eletrônicas, pode ser a chancela dos golpistas. “Você tem medo da escolha popular, Rodrigo?” Nem preciso dizer que tenho, ao lado de Aristoteles, dos “pais fundadores” da América, de Tocqueville, de Churchill e tantos outros ilustres pensadores.
Mas esse não é o ponto: as circunstâncias não permitem tamanha manobra para dar chance de sobrevida a alguém como Lula, réu em cinco processos e que acabou de destruir o Brasil. Nem acho que ele venceria, para ser sincero, mas não podemos correr esse risco. Lula tem que acertar contas com a Justiça, não com as urnas. Seu julgamento é objetivo e legal, não político.
Se a maioria dos eleitores, sob influência de quadrilhas endinheiradas e uma narrativa canalha, optar pela desgraça venezuelana, vamos simplesmente celebrar a “vontade geral”? Por conta desse receio tanta gente séria criou mecanismos de pesos e contrapesos na democracia, com pitadas elitistas, como o Senado mesmo, para impedir arroubos pontuais das massas.
Não é por acaso que tanta gente podre tem defendido essa “solução”. Vislumbram uma oportunidade para um golpe que coloque novamente no poder a quadrilha que assaltou o estado brasileiro e afundou nossa economia. Vejam algumas figuras que pedem esse caminho:
“Exigimos eleições diretas já. Exigimos democracia já. Só um presidente legitimamente eleito pelo voto popular terá as condições de tirar o Brasil deste lamaçal em que está mergulhado”, afirmou em plenário o deputado Wadih Damous (PT-RJ). Legitimamente? E a vitória de Dilma em 2014 por acaso foi legítima? É muita cara de pau dessa turma mesmo. Eis, na mídia, quem tem endossado essa alternativa:
Em entrevista a CartaCapital, Chico Alencar avalia que o governo Temer já não existe mais e promete lutar para que sua substituição seja feita por meio de eleições diretas. “Só a cidadania tem o condão de começar a superar” a crise atual, diz. Cidadania, diz o socialista defensor de Maduro! Cidadania?! É muita cara de pau mesmo.
A Carta Capital, enrolada na Lava Jato e que recebeu grana suja da quadrilha, está defendendo histericamente as tais “diretas já”: Há apenas uma solução: convocar a fonte do poder legítimo para declarar sua vontade em um pleito direto para presidente ou até mesmo eleições gerais. São várias reportagens e artigos com o mesmo tom.
A Caros Amigos, panfleto comunista, segue na mesma linha articulada e orquestrada no pântano da política brasileira. Ninguém menos do que Stédile, o líder do criminoso MST, que em qualquer país sério estaria preso faz tempo, grita por “diretas já” no jornaleco vermelho: “Precisamos de diretas já e de um plano popular de emergência”. Quem diz é aquele que mobiliza um exército paralelo movido a mortadela para intimidar o povo, mantido refém, e desestabilizar a lei e a ordem.
Enfim, temos muitos outros da mesma laia defendendo esse caminho, além dos oportunistas de sempre, como Marina Silva, que mais parece a “herpes da política”, como dizem nas redes sociais, pois só reaparece em momento de baixa imunidade do organismo. Que Ronaldo Caiado tenha entrado nessa apenas expõe seu oportunismo e é uma decepção para muita gente do lado de cá. Postura lamentável.
Cheguei a desabafar nesta quinta no meu Facebook:
Deixemos bem claro uma coisa: quem pede “diretas já” é um GOLPISTA. Tanto que vemos Stédile (MST), Caros Amigos e Carta Capital espalhando essa bandeira por aí. Coisa de safado golpista, ponto.
Diga-me com quem andas… Basta observar quem tem sido mais estridente na defesa das “diretas já” para ter calafrios, para sentir de longe o cheiro podre de golpe venezuelano no ar. Temos que ser radicalmente contra essa medida oportunista. Diretas já uma ova! Direita já!
Rodrigo Constantino
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