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Bêbado causa acidente em alta velocidade e a culpa é do prefeito?

No primeiro dia de mudança da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros a reportagem da Folha flagrou um acidente próximo à ponte Cidade Jardim, na região do Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.

O motorista de um Corsa Classic perdeu o controle da direção em um trecho de 90 km/h na pista expressa da marginal Pinheiros e bateu o carro contra a mureta de proteção por volta da 1h45 desta quarta-feira (25). Antes da mudança, a velocidade era de 70 km/h.

Agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que acompanhavam uma das equipes que faziam a troca dos selos de velocidade nas placas, viram quando o motorista abandonou o carro. Agentes da CET que estavam no local na hora do acidente disseram que o condutor apresentava sinais de embriaguez. A Polícia Militar informou que o motorista fugiu do local.

É muita canalhice mesmo! O jornal tenta claramente associar a mudança das placas ao acidente, para culpar o prefeito João Dória pelo ocorrido. Como se Dória tivesse praticamente dado bebida ao motorista e o obrigado a correr! Como se antes não houvesse acidente na via. Como se o motorista já não estivesse desrespeitando as leis! Vale tudo para atacar o prefeito, até desaparecer com a responsabilidade individual da equação.

Alexandre Borges resumiu bem: “Um bêbado bate o carro a 120km/h na Marginal e a culpa é do Dória. ‘Pós-verdade’ explicada for dummies”. Mas é essa imprensa que tem a cara de pau de falar em “pós-verdade”, como se os mentirosos fossem sempre os outros. Isso é um jogo sujo, político, patético. Felizmente a maioria dos leitores já percebeu. Aos que ainda estão cegos, Caneta Desesquerdizadora neles:

Vexame mesmo! No mais, se o objetivo for só reduzir a quantidade de acidentes, eis uma medida melhor do que a diminuição do limite de velocidade: proibir o tráfego de veículos! A turma xiita das bikes vai adorar, com aplausos do Greg na mesma Folha. Mas qualquer pessoa sensata vai perceber que se trata de um autoritarismo esdrúxulo, e que ter menos acidentes não pode ser a única meta em jogo.

Rodrigo Constantino

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