Ben Shapiro ataca nacionalismo branco para defender conservadorismo constitucional

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O conservador Ben Shapiro destruiu magistralmente a narrativa em torno do chamado movimento “alt-right” (direita alternativa), um movimento político de extrema direita que rejeita o conservadorismo e abraça o nacionalismo branco, em um discurso por meio de tuítes no domingo.

Em doze “tuitadas”, Shapiro criticou o movimento “alt-right” como um “mal” que “não tem nada a ver com o conservadorismo constitucional”. Os tuítes de Shapiro vieram um dia depois que os nacionalistas brancos supostamente alimentaram conflitos raciais em Charlottesville, Virgínia.

De acordo com Shapiro, o alt-right é uma facção muito pequena da direita, mas é retratada pela mídia dominante como algo muito maior e mais influente do que realmente é. O comentarista conservador também disse que o alt-right é uma “filosofia muito definida”, que é “articulada” por supremacistas brancos como Richard Spencer.

Shapiro não poupou a Casa Branca, e responsabilizou o presidente Trump parcialmente pelo avanço desse grupo, especialmente na figura de seu ex-assessor poderoso Steve Bannon, que foi CEO do site Breitbart e que representa o movimento alt-right.

Ele explicou que existem três elementos que garantem o crescimento da alt-right: “Políticos criminosos e figuras da mídia a alimentando; esquerdistas rotulando todos da direita de alt-right e, portanto, levando pessoas leigas a acreditar que direita significa alt-right; e grupos violentos de esquerda como os “antifas” que levam os tolos a crer que qualquer um que luta contra os “antifas” é necessariamente um aliado.

O que está acontecendo nos Estados Unidos, explicou Shapiro, assemelha-se a um movimento político do século 20, referindo-se aos “camisas negras” de Hitler e aos comunistas. “Estamos assistindo a uma pequena repetição do microcosmo de camisas negras versus vermelhos na República de Weimar. Eles estão inclusive carregando as mesmas bandeiras”, disse Shapiro.

Para acabar com a alt-right, Shaprio sugeriu que seria necessário um esforço intencional da Casa Branca e da mídia. “E as lideranças na mídia e especialmente na Casa Branca deveriam condenar ativamente o mal que estamos vendo em metástase”, concluiu Shapiro.

Rodrigo Constantino