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O senador Bernie Sanders, o socialista que disputou com Hillary Clinton as primárias pelo Partido Democrata, escreveu eu seu Twitter que os “mesmos” 0,1% que controlavam 7% da riqueza americana há 38 anos, hoje controlam 22%.

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Os mesmos 0,1%? Para começo de conversa, é claro que essa premissa é falsa. Os mais ricos não representam um grupo estanque, como a extrema-esquerda dá a entender. O capitalismo é um processo dinâmico, e mesmo herdeiros, se nada fizerem para preservar o patrimônio, saem da classe dos ricos com o tempo.

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É preciso inovar, gerar mais riqueza, atender as demandas, para continuar no topo. A história do capitalismo liberal, ao contrário daquela do feudalismo, é a de mobilidade social, ou seja, gente que nasceu pobre fica rica, e muitos que nascem ricos ficam pobres no caminho. Falar em “os mesmos 0,1%” já denota, portanto, uma falácia para passar a sensação de que se trata de um grupo monolítico de “exploradores”.

Mas não é “só” isso. O comentário do socialista ignora todo o avanço geral de riqueza no país, graças ao capitalismo tão odiado por ele. Ben Shapiro resolveu, então, dar uma lição ao senador democrata, também por meio de curtas mensagens de Twitter, para reforçar a ideia de que todos estão mais ricos depois desse período de quase 4 décadas:

Ou seja, a expectativa de vida aumentou 7 anos no período, e a classe média alta mais do que dobrou de tamanho. Além disso, todos possuem celulares, computadores, ar condicionado, casas maiores na média, ou seja, a América enriqueceu nesses anos todos, enquanto Bernie Sanders prefere focar apenas nas desigualdades entre os mais ricos e mais pobres.

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Por que não compara os “pobres” de hoje com os pobres de ontem? Talvez porque ficaria claro que o capitalismo é uma máquina de produzir riqueza geral, e que a qualidade de vida da maioria tende a melhorar – e muito – com esse processo dinâmico movido pela busca por lucros individuais. Talvez porque, fazendo isso, não restaria demagogia para seduzir os invejosos.

E sim, o socialismo tem tudo a ver com a inveja, e nada a ver com a igualdade. Alguns comentários de seguidores do Ben Shapiro demonstram que as pessoas compreendem bem esse fenômeno:

Em vez de se preocupar com a maré subindo para todos, o que só o capitalismo pode fazer, a esquerda prefere se importar com as diferenças entre cada um, mesmo que precise afundar os “barcos” que subiram mais de patamar. Como um deles coloca, o capitalismo torna todos mais ricos, mas não consegue evitar o ressentimento e a inveja. E esses são os combustíveis da esquerda, como sabemos. O discurso anticapitalista seduz as almas medíocres.

Rodrigo Constantino

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