Por Bernardo Santoro, publicado pelo Instituto Liberal
Bernie Sanders é um Senador Federal americano com base no estado de Vermont, e disputa com Hillary Clinton a vaga de candidato a presidência dos Estados Unidos. A visão crítica que este IL tem ao Partido Democrata americano é amplamente conhecida, e denunciamos sempre o rumo de esquerda que esse partido tem tomado nos últimos anos, especialmente com a presidência de Barack Obama. Pois essa inflexão à esquerda pode se tornar ainda maior, caso Bernie Sanders seja eleito o representante do partido nas eleições gerais.
Sanders é o único candidato declaradamente socialista da disputa.
No campo econômico:
1 – Planeja aumentar agressivamente o salário-mínimo, sem explicar como manter abertos os empregos de baixa produtividade, excluindo os pobres do mercado formal de trabalho, tal como o PT fez;
2 – Já se declarou ultra-protecionista, advogando o fim de todos os tratados de livre-comércio e obrigando as indústrias a se alocarem nos EUA, mesmo que isso traga aumento de custos e diminuição da qualidade do produto, além de redução da concorrência. Basicamente o que o PT aprofundou aqui;
3 – Seu principal programa de empregos é a reforma de um terço das estradas americanas e de 600 pontes, além de outros programas de infraestrutura. Em suma, quer criar emprego através de um Programa de Aceleração do Crescimento americano;
4 – Além disso, quer criar uma espécie de CLT com uma série de novos direitos trabalhistas que atacariam a liberdade de contratação que fizeram os EUA enriquecerem;
5 – Vai promover uma ampla reforma nos EUA para nacionalizar de vez o crédito na economia local. Essa promessa vai não só criar um super BNDES americano, como fazer do Banco Central americano (o FED), basicamente uma agência burocrática suprema na economia.
No campo ambiental:
1 – Pretende banir a energia nuclear, que é mais limpa e barata em conjunto que a maioria das demais matrizes energéticas;
2 – Vai aumentar enormemente a burocracia ambiental.
Na área eleitoral, pretende reformar a legislação para acabar com doações privadas empresariais.
Na área de liberdade de expressão, defende controle e regulação estatal da mídia.
Na área de serviços públicos, defende a maior publicização possível da saúde e da educação.
Vai ainda fazer uma reforma do sistema criminal, afrouxando genericamente as penas, enquanto defende um controle estatal na venda de armas para pessoas comuns.
Na política internacional, defende sempre o movimento muçulmano e apoiou o bizarro acordo EUA-Irã que garantirá, em dez anos, a bomba atômica para o estado terrorista xiita.
Em suma, ele quer transformar os EUA no Brasil.
E o que é pior: ele está realmente perto de conseguir isso.
Nas primárias do Partido Democrata, as duas pesquisas mais recentes nos primeiros estados a votarem mostram Sanders batendo Hillary em ambos:
Se Sanders vencer a disputa interna, ele terá 50% de chances de ser o novo presidente americano. E pela primeira vez os EUA podem ter um Presidente verdadeiramente petista/bolivarianista/socialista ou qualquer outro nome que represente todo o lixo do estatismo em sua plenitude. O perigo é real e imediato, e sem dúvida terá reflexos no mundo todo, onde estamos obviamente incluídos.
Nota do blog: uma frase resume bem o perigo que os americanos correm: “The American people will never knowingly adopt socialism, but under the name ‘liberalism’, they will adopt every fragment of the socialist program until one day America will be a socialist nation without knowing it happened”. A frase foi proferida por Norman M. Thomas, líder do Partido Socialista americano, em 1948 num discurso de campanha. Levou bastante tempo, mas tem se mostrado bem profético. Com Obama já foi o começo. E agora tem um socialista mesmo disputando em nome dos “liberais”. Socorro! Precisamos de um presidente Republicano com urgência!
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