O viés esquerdista da imprensa é uma realidade mundial. Não é preciso crer em teorias conspiratórias, nem mesmo citar Gramsci, para compreender o fenômeno. Ele pode ser mais simples do que isso: os jornalistas são, na maioria dos casos, de esquerda! Saem das faculdades de jornalismo já com tal viés, com essa visão de mundo, e deixam-na falar mais alto do que o jornalismo imparcial, do que os fatos.
Em seu programa de ontem, Bill O’Reilly, da Fox News, pressionou sua entrevistada, ligada aos democratas, a oferecer nomes de conservadores na grande imprensa. Eis o resultado:
Leandro Ruschel comentou sobre o caso:
Bill O’Reilly destruiu a estrategista do Partido Democrata ao vivo. Eles discutiam sobre a liberdade de imprensa nos EUA. O ponto que o apresentador levantou é o seguinte: há verdadeira liberdade de imprensa quando quase todos os jornalistas são esquerdistas?
Ela disse que era um exagero. Bill então pediu a convidada para dar exemplos de conservadores na ABC, MSNBC, NBC, CNN, NYT e Washington Post. Ela conseguiu balbuciar dois ou três nomes sem expressão alguma. Do lado conservador, há a Fox News e só, porque Wall Street Journal é praticamente centro-direita.
Segundo as contas de Bill, a relação é 10 para 1 em termos de esquerdistas na imprensa, no que concordo. Esse é o ponto que Trump levanta: a imprensa livre morreu praticamente, há apenas propaganda esquerdista na esmagadora maioria dos casos.
Se nos EUA a situação é desanimadora, no Brasil é uma tragédia completa. A relação é 100 para 1, e não há NENHUM veículo de direita na grande imprensa.
O mesmo, diga-se de passagem, vale para a Academia: para cada professor com viés conservador, deve ter uns dez ou mais com viés esquerdista. É essa total desproporção que acaba fazendo com que o viés na mídia e nas universidades seja claramente de esquerda.
Não há crime em si nisso, só quando o professor banca o doutrinador, como vimos no caso em que Jesse Watters mostrou em seu programa, e que infelizmente se repete com frequência por aí. Mas mesmo sem crime envolvido, é importante deixar claro que há esse viés, pois a própria esquerda tenta negá-lo. E aí pode não ser crime, mas é sem dúvida desonestidade intelectual.
Quando Trump fala de “Fake News”, ele está em boa parte se referindo a esse viés ideológico, que muitas vezes ofusca a verdade e transforma a mídia em torcedora política. Quem não enxergou ainda essa realidade sofre de um caso grave de cegueira, e pode muito bem já ser da mesma esquerda sem sequer ter percebido, por isso não nota o viés escancarado.
Em tempo: a própria democrata não foi capaz de dar um só nome conservador na MSNBC ou na CNN, mas a Fox News, tratada por todos como o canal mais enviesado por ter inclinação conservadora, conta com presenças democratas evidentes, como a de Juan Williams, entre outros. Mas isso é outra distorção que o leitor não saberia sem ver a própria Fox News…
Rodrigo Constantino
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