Melina Abdullah, líder do Black Lives Matter em Los Angeles e professora na California State University, está conclamando os negros a comprarem presentes de Natal em lojas de proprietários negros, para prejudicar as “corporações brancas” e o “capitalismo branco”.
O movimento, “Black Xmas”, pretende acabar com o “capitalismo dos supremacistas brancos”, dos “tipos” como Donald Trump. Abdullah publicou um texto no Los Angeles Sentinel explicando seus “argumentos”. Se você é contra Trump, então não deve dar seus recursos para gente como ele. Não invista em corporações brancas, mas sim na “comunidade negra”, diz.
Abdullah “explica” que usa a expressão “capitalismo branco” para mostrar a ligação entre a estrutura atual e o racismo. Ela acredita que é preciso abalar o sistema que mata os negros, assim como o regime capitalista e patriarcal e heteronormativo dos supremacistas brancos. Sim, a confusão é geral, e tenta unir as “minorias” todas na marcha dos oprimidos.
O Black Lives Matter demonstra cada vez mais ser não só um movimento racista, que prega ódio a todos os brancos, como claramente comunista. Ou seja, é um pretexto também para demonizar o capitalismo. Se um negro como Thomas Sowell ou como Walter Williams defender o capitalismo, o BLM vai certamente condená-lo, provando que o viés ideológico é ainda mais forte do que o racial.
A “premissa” por trás do chamado da ativista é que o capitalismo é um instrumento do homem branco machista para oprimir as “minorias”. Tudo de forma bem velada, naturalmente. Foucault e Marcuse fizeram escola. Não vem ao caso que é justamente o capitalismo que combate o racismo e o preconceito, como Sowell e Williams já explicaram.
Se cada consumidor comprar na loja que julgar melhor, onde encontra o melhor tratamento, serviço e produto pelo menor preço, então ele estará necessariamente tendo que ignorar aspectos raciais e sexuais e focar apenas no mérito. Conclamar pessoas a gastarem seu dinheiro com base na raça é justamente fomentar o racismo, o oposto do capitalismo liberal meritocrático.
Podemos apenas imaginar um movimento chamando todos os brancos a comprarem apenas de brancos. A imprensa cairia em cima desses “supremacistas brancos” preconceituosos, com toda razão. Mas os negros racistas têm um salvo-conduto, pois bancam as vítimas (mesmo que a América negra, se fosse uma nação separada, seria um dos países mais ricos do mundo). O BLM não será exposto pela imprensa, sua cúmplice.
Já eu, liberal, conclamo todos os leitores, negros ou brancos, mulheres ou homens, gays ou heterossexuais, ateus ou cristãos, a comprarem os presentes de Natal na loja que acharem melhor, não só exercendo sua liberdade de escolha, como valorizando o mérito, independentemente da raça do proprietário. Assim ele terá que buscar eficiência, e não poderá contar com o racismo como seu critério de escolha, para mascarar sua incompetência.
No capitalismo, os racistas costumam pagar um elevado preço por seus preconceitos…
Rodrigo Constantino
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