Como alguém que vem reclamando há anos do “departamento de marketing” dos liberais e conservadores, sempre reféns de alguns equívocos como o elitismo, o racionalismo excessivo e o foco apenas na economia, não na cultura, só posso festejar e muito a novidade carnavalesca deste ano: pela primeira vez teremos um bloco voltado para a direita! Vejam a notícia no Boletim da Liberdade:
Está marcado para o dia 12 de fevereiro, um domingo, o lançamento de um novo bloco de Carnaval no Rio de Janeiro. A notícia seria banal, não fosse por um detalhe: o Libera que eu conservo, fundado pelos administradores da página Movimento Reaça no Facebook, Victor Bosch e Maria Fernanda, tem o objetivo de reunir liberais e conservadores na folia momesca.
“A ideia é fazer um ‘concentra mas não sai’”, explica Victor, referindo-se a um tipo de bloco que permanece parado no mesmo local em vez de desfilar – e o lugar escolhido é a Hob Hamburgueria, na rua Mariz e Barros, 184, na Tijuca. “O projeto surgiu em dezembro. Não tínhamos muito tempo, nem muito dinheiro, então a hamburgueria abriu o espaço gratuitamente em uma região central, a gente topou e está investindo na ideia. Será do lado de fora da hamburgueria, mas com o apoio logístico deles”.
Um bloco de Carnaval “de direita” pode parecer uma ideia bastante inusitada, mas os organizadores levam a sério a reclamação de muitos formadores de opinião liberais e conservadores quanto à necessidade de ocupar espaços. “A pretensão é justamente essa. Nós gostamos muito de política e nos identificamos com as ideias da direita. Sentimos a necessidade de reunir a rapaziada para confraternizar e buscar um público que se identifica com a nossa causa, mas não sai de casa para um evento político.”
O grupo lançou uma campanha de financiamento coletivo para apoiar financeiramente a contratação dos músicos do bloco na plataforma Kickante, onde alegam que a existência de blocos exaltando as supostas “belezas” do socialismo estimularam a proposta de “aproveitar a irreverência do Carnaval” para zoar “aqueles conceitos que ouvimos desde crianças e que você já sabe que não funcionam”. Os organizadores dizem ainda que são todos voluntários e não têm qualquer objetivo comercial ou lucrativo com a iniciativa.
O Libera que eu conservo promete se apresentar com marchinhas, sambas clássicos e um samba próprio composto por João Filho, inclusive compartilhado por Roberto Motta, ex- Partido NOVO. Se você quiser aprender para cantarolar no dia, clique aqui.
Para mais informações, basta seguir a página criada no Facebook. Soube que a turma do bloco teria interesse em me ver como “padrinho” da coisa. Se for o caso mesmo, fico muito honrado. Mas carnaval nunca foi muito minha praia. Gosto com moderação, já fui na Sapucaí algumas vezes, e participei de “micaretas” na época de solteiro (mas confesso que o objetivo principal não era sambar). E só.
No dia 12 de fevereiro estarei muito longe do Rio e do samba. Já comprei ingressos para o show do Bon Jovi aqui na Flórida. Sim, confesso que o “hard rock” era mais minha praia do que o samba, dos meus tempos de baterista e adolescente. Vou recordar, então, dessa época, apesar de nem acompanhar mais os novos lançamentos da banda “farofa”.
Não obstante, fica aqui registrada minha empolgação com a iniciativa da rapaziada. Eu posso não cair no samba, mas acho excelente que a direita o faça!
PS: A iniciativa ganha ainda mais peso quando lemos que marchas clássicas ficarão de fora desse carnaval, pois a esquerda politicamente correta tem policiado a linguagem de todos. É muita frescura mesmo!
Rodrigo Constantino
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