É “nóis” na fita! A Bloomberg fez uma grande matéria sobre nós. O Brasil vira destaque internacional novamente, para falar do infindável escândalo de corrupção que assola o país desde sempre, mas que ganhou proporções assustadoras na era lulopetista. E lá está a Odebrecht, como a responsável pela fabricação da maior máquina de corrupção da história.
De fato, a empreiteira está há décadas nessa, apesar de eu tirar o chapéu mesmo é para a JBS dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Chegaram bem depois na festa, colaram em Lula, no BNDES, e saíram gigantes poucos anos depois, comprando dezenas e dezenas de deputados, senadores, governadores e, com certeza, gente do poder judiciário.
Enquanto Marcelo Odebrecht está preso há mais de ano, os irmãos Batista foram para Nova York, levaram o iate de $10 milhões, moram num apartamento de vários outros milhões, e acabaram de comprar o jatinho mais caro que existe. E depois da delação armada, digo, premiada de Joesley, eis que a imprensa toda até esqueceu de seu “painho” Lula, e só fala de Temer. Não é o crime perfeito?
Segue um trecho da reportagem da Bloomberg sobre a Odebrecht, com tradução livre:
Por meio da admissão da Odebrecht no Tribunal Distrital dos EUA em Brooklyn em dezembro passado, as Operações Estruturadas distribuíram US $ 788 milhões em subornos no Brasil e 11 outros países, garantindo mais de 100 contratos que geraram US$ 3,3 bilhões de lucro para a empresa. A filial da Odebrecht e petroquímica Braskem SA concordou em pagar US$ 3,5 bilhões em multas para o Brasil, os EUA e a Suíça vinculadas às atividades da divisão em Miami e além. É a maior multa relacionada à corrupção já cobrada de uma empresa, eclipsando uma multa de US$ 3,16 bilhões no Brasil ligada a acusações de corrupção contra outro alvo da Lava Jato, a gigante brasileira JBS.
[…]
Ao longo do tempo, o negócio de corrupção foi para o filho de Emílio, Marcelo, que estava subindo na hierarquia da empresa. Ano após ano, Marcelo disse aos promotores, 0,5 por cento a 2 por cento da receita foi direcionada para ganhos ilícitos, principalmente para políticos e executivos brasileiros de empresas estatais, em particular a Petrobras, o produtor nacional de petróleo. Alguns anos, disse Marcelo, as despesas se aproximaram de R$ 2 bilhões (US $ 611 milhões). Só dependia das exigências dos contatos políticos da Odebrecht.
[…]
Os clientes de nível superior ainda eram atendidos por Emílio, que tentou descrever-se no tribunal como um diplomata corporativo. Ele atendeu às necessidades dos chefes de estado – sua lista A incluiu o venezuelano Hugo Chávez e José Eduardo dos Santos, que governou Angola desde 1979. “Estas foram as pessoas que não consegui transferir”, disse Emílio. Então eu continuava dando ajuda a essas pessoas”. Mas nenhum cliente era mais importante para Emílio do que Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindicalista que ganhou a presidência do Brasil em 2002. Da Silva, conhecido por todos simplesmente como Lula, era um socialista eleito com promessas de erradicar a pobreza e reviver a economia que afundava. Ele era uma mina de ouro para a Odebrecht. Ele iniciou uma torrente de gastos em obras públicas, setor de construção naval e Petrobras, e a Odebrecht obteve uma grande parte dos contratos, chegando a se tornar o maior construtor da América Latina.
No Brasil, a empresa fazia parte de um cartel de empresas de engenharia que pagavam subornos e propinas em troca da permissão para montar a licitação para contratos, especialmente na Petrobras. (Este foi o foco original da investigação da Lava Jato.) E como Lula fez sua pressão para impulsionar a influência do Brasil no mundo emergente, a Odebrecht canalizou dinheiro para seus aliados em toda a região.
Pois é, caros leitores: NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS! E você aí, preocupado com uma maleta com R$ 500 mil para um assessor de Temer. Não que seja irrelevante, pois não é. Mas que tal algum senso de proporção? Ninguém roubou tanto como o PT, ninguém usou o estado de forma tão descarada para benefícios pessoais, ninguém montou um esquema de máfia tão ousada como Lula. E lá se vão dias em que os jornais nem falam mais no chefe da quadrilha…
Rodrigo Constantino
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