É um espanto! Os companheiros do PT resolveram meter seu bedelho nas eleições brasileiras, e partiram para o ataque a Marina Silva, tratada como membro da “extrema direita”. Sei que parece uma piada, mas eis o ponto: a esquerda latino-americana é uma grande piada de mau gosto, com efeitos nefastos em nossas vidas. Eis a notícia:
A campanha do medo do PT e da presidente Dilma Rousseff contra a ex-senadora Marina Silva ganhou o reforço de Venezuela, Cuba, Bolívia e Argentina. A Telesur, estatal de TV que reúne esses quatro países, divulgou no fim da semana, em seu site, artigo de Miguel Angel Ferrer sobre as eleições brasileiras. No texto, Marina e o PSB são tratados como “extrema direita” e “alinhados aos ditados de Washington”.
“Marina Silva, candidata do Partido Socialista, organização política de extrema-direita, fiel seguidora dos ditados de Washington e que de socialista só tem o nome”, diz o texto assinado por Ferrer, economista, fundador e diretor do Centro de Estudos de Economia e Política. Ferrer é analista político em programas de rádio ligados a Telesur.
Marina, “a candidata da direita que quer fortalecer os laços com os Estados Unidos” é comparada a Fernando Collor de Mello, José Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, todos ex-presidentes descritos como “submissos” e “altamente dependentes” do governo norte-americano. O texto não cita, porém, a proximidade da gestão de Dilma com Sarney, por quem a presidente disse nesta campanha ter “muito respeito”; nem o fato de Collor (PTB-AL) integrar a base aliada.
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A Telesur é uma rede de TV estatal financiada pelos governos de Venezuela, Cuba, Argentina e Bolívia. Foi idealizada por Hugo Chávez, em 2005, quando ele presidia a Venezuela.
Tem ataques que são como grandes elogios. Quando um bolivariano acusa Marina de ser a “Capriles brasileira”, o que era para ser um ataque se torna uma vantagem para a candidata do PSB. Afinal, Capriles é aquele que foi perseguido só por se opor ao tirano Maduro, colega do PT.
A metralhadora giratória dos bolivarianos serve para acalmar aqueles conservadores que se negam a votar em Marina, mesmo no segundo turno, pois ela seria o Plano B do Foro de São Paulo. Como podemos ver, a turma bolivariana está concentrando esforços para difamar Marina.
Contra a extrema-esquerda bolivariana, portanto, é preciso focar na maior prioridade do Brasil hoje: tirar seus representantes do poder, ou seja, colocar o PT no olho da rua nessas eleições.
Rodrigo Constantino