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Bolsa Lula: Herdeira de banco suíço doa meio milhão para ex-presidente petista
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Foto de Adriano Vizoni. Fonte: Folhapress

Se Luiz Inácio Lula da Silva é visto como o pai do Bolsa Família, ela quer ser a mãe do “Bolsa Lula”.

Herdeira da família fundadora do banco Credit Suisse, Roberta Luchsinger, 32, decidiu lançar um movimento de apoio financeiro ao ex-presidente, que teve quase R$ 10 milhões em planos de previdência e contas bancárias bloqueados a pedido do juiz Sergio Moro.

A neta do suíço Peter Paul Arnold Luchsinger abriu o bolso, o closet e o cofre para fazer uma doação pessoal ao petista no valor de cerca de R$ 500 mil em dinheiro, joias e objetos de valor.

“Com o bloqueio dos bens de Lula, Moro tenta inviabilizá-lo tanto na política quanto pessoalmente. Vou fazer uma doação para que o presidente possa usar conforme as necessidades dele”, diz Roberta.

Ela saca da bolsa Hermés um cheque ao portador no valor de 28 mil francos suíços (cerca de R$ 91 mil), mesada que recebia do avô morto em 8 de julho, aos 92 anos.

“Foi o último cheque que recebi dele e vou repassar integralmente ao Lula. Agora, já podem dizer que ele tinha conta na Suíça, aquela que os procuradores da Lava Jato tanto procuraram e não acharam”, ironiza Roberta.

[…]

Dona de uma agenda de contatos políticos de todos os matizes ideológicos, Roberta pretende se lançar candidata a deputada estadual na eleição de 2018 pelo PCdoB (Partido Comunista do Brasil).

Ela se filiou ao partido ao se casar em 2009 com Protógenes Queiroz. Ex-deputado pela legenda, ele hoje se encontra em asilo político na Suíça para escapar da prisão após ser condenado por violação do sigilo no comando da Operação Satiagraha.

O que comentar sobre isso? Nada muito novo aqui. Em Esquerda Caviar eu já havia colocado como uma das origens do fenômeno os herdeiros culpados. Não foram eles que construíram a fortuna, não sabem como é difícil fazer dinheiro de forma legítima, mas sabem como é fácil torrá-lo!  Escrevi:

Em um país que culturalmente condena o lucro e enxerga a economia como um jogo de soma zero, onde José, para ficar rico, precisa tirar de João, o sucesso acaba sendo uma “ofensa pessoal”, como disse Tom Jobim. Essa visão é um prato cheio para produzir uma elite culpada e desesperada para pregar aos quatro ventos as “maravilhas” do socialismo.           

Por isso vemos cineastas herdeiros de banco fazendo filmes que enaltecem guerrilheiros comunistas. Por isso vemos filhos de grandes escritores lambendo as botas de tiranetes latino-americanos. Imagem é tudo. E estas pobres almas acreditam que, ao louvarem a ideologia que quer destruí-los, conquistarão a fama de abnegados e descolados. Como é fácil falar que o capitalismo não presta quando se é milionário!

Alguns dos mais destacados ícones da esquerda festiva são herdeiros de fortunas. Nos Estados Unidos, Corliss Lamont, por exemplo, foi uma das vozes que reproduziram mentiras sobre a União Soviética na década de 1930. Lamont visitou o país algumas vezes e chegou a escrever um livro, Russia Day by Day, enaltecendo o regime e ocultando suas desgraças.

Suas palavras finais no texto diziam que o século XX pertenceria à União Soviética, e que ninguém seriamente interessado no progresso do espírito humano poderia se dar ao luxo de perder a experiência de visitar esse “paraíso”. Lamont era filho de um dos sócios do J.P. Morgan, o mais famoso banco na época.

Outro igualmente empolgado com o comunismo foi Frederick Vanderbilt Field. Como o nome do meio já diz, Fred Field era herdeiro do magnata Cornelius Vanderbuilt, e foi um grande financiador de publicações e organizações comunistas. Esses exemplos podem ser multiplicados aos milhares.

Mas o principal exemplo é, sem dúvida, a Fundação Ford. Criada em 1936 por Edsel, filho de Henry Ford, distribui recursos por todas as causas de “justiça social”, “ambientais” e em defesa das “minorias”. Ou seja, as bandeiras esquerdistas. E que recursos!

Possui mais de US$ 10 bilhões em ativos, e desembolsa mais de US$ 400 milhões por ano. É difícil encontrar uma ONG importante de esquerda que não tenha a impressão digital da fundação, especialmente nos países em desenvolvimento. O antissemitismo, que já estava presente no próprio Ford (a ponto de merecer elogios de Hitler em Mein Kampf), também é outra marca da fundação.

[…]

Aquilo que vem fácil não tem tanto valor. “Easy come, easy go”. Tantas vezes criados por pais ausentes, ocupados demais na construção de seus impérios, esses herdeiros acabaram repletos de mimos como compensação. Esses pais, no afã de oferecer aos seus rebentos tudo aquilo que não tiveram em suas infâncias sofridas, exageram na dose e não conseguem incutir os limites necessários para que seus filhos possam amadurecer.

Pois é, nada novo aqui, como podemos ver. O fato de essa herdeira se filiar ao PCdoB comunista também não deve ser surpresa. Alguém resumiu bem: “Tem o perfil correto para se filiar ao partidão. Nunca trabalhou na vida, sempre viveu às custas do avô que sabe-se lá como ficou rico. A distinta apenas prova que fazer fortuna é mais fácil do que fazer a diferença. Como diz o ditado, tem algumas pessoas que são tão pobres, que a única coisa que têm é dinheiro”.

Só pelo fato de ter se encantado por alguém como Protógenes Queiroz mostra como sua educação moral não foi das mais rigorosas. Patricinha tentando chamar a atenção, enfrentar o tédio, sentir-se engajada e descolada? Será que ela se olha no espelho e se acha uma pessoa melhor, apesar de seus milhões e seu estilo de vida, só por doar dinheiro para um marginal milionário como Lula? Fez algo contra a igualdade assim? Ou foi pura jogada de marketing, e ela pensou que essa grana era um bom investimento de campanha?

Oportunismo pérfido ou culpa alienada são sempre causas possíveis para esse tipo de fenômeno. O que mais tem no mundo é rico bancando a esquerda! Aliás, difícil mesmo é o rico bancar movimentos liberais. O socialismo do PSOL, por exemplo, é modinha nas zonas ricas do Rio e de São Paulo. Essa gente só não chega no povão, aquele que diz defender. Termino com dois vídeos sobre como ricos financiam a esquerda, mostrando que a culpa é, sim, das elites:

Quem cria riqueza de forma lícita, competindo no livre mercado, produzindo bens e serviços demandados pelos consumidores, enfrentando a concorrência, estimulando os funcionários, ultrapassando os obstáculos criados pelo governo, como impostos elevados e burocracia, entende o VALOR do dinheiro. Quem simplesmente o ganha de mão beijada ou de forma ilegal, com propinas ou esquemas com o governo, acha que dinheiro brota do solo ou cai do céu, e ainda julga charmoso bancar comunistas…

Rodrigo Constantino

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