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O dólar comercial fechou esta quarta-feira no menor patamar em quase um ano. A moeda americana encerrou o pregão com queda de 2,34%, cotada a R$ 3,37, nível mais baixo desde o dia 29 de julho de 2015, quando terminou sendo negociada a R$ 3,33. Na mínima do dia, a divisa recuou até R$ 3,36, enquanto na máxima subiu a R$ 3,41. De acordo com analistas, o dólar reage à mudança no comando do Banco Central brasileiro e também a fatores externos, com uma queda menor das importações na China. No exterior a moeda também se desvalorizou e o “dollar index” recuou 0,23% frente a uma cesta de dez moedas. Na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações da Petrobras saltaram mais de 8%, com o preço do petróleo chegando a US$ 52 o barril no exterior. O Ibovespa, índice de referência do mercado de ações brasileiro fechou com alta de 2,26% aos 51.629 pontos.

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— O mercado começa a testar um novo patamar para o dólar, depois da nomeação do economista Ilan Goldfajn para o Banco Central. A percepção é que o BC será menos intervencionista no câmbio e deixará a moeda flutuar livremente — explica Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.

Antes mesmo de Temer assumir como presidente interino, publiquei um bate-papo de uma hora com Leandro Ruschel no qual me dizia “cautelosamente otimista”. Reconhecia, então, os enormes desafios à frente, pelo tamanho do problema herdado da era lulopetista. Mas esperava uma mudança positiva de rumo. Em seguida, com a equipe apontada por Temer, gravei este vídeo:

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Continuo moderadamente otimista. Acho que a direção apontada pelo governo Temer é a correta, mas não será fácil caminhar nela. Os percalços no caminho serão grandes. Por isso mesmo, não aprecio muito a estratégia de se abraçar aos ativos brasileiros de olhos fechados. Comprar o “kit Brasil” ainda é muito arriscado.

Penso que o mercado está mais para trading mesmo. Quando se mostrar muito pessimista e chegar a flertar com a precificação de um retorno de Dilma, é para comprar. E quando/se entrar em “mode” otimista demais, do tipo “agora o Brasil vai dar certo”, é para realizar o lucro e ficar de fora, aguardando melhores oportunidades.

O processo será tortuoso, com altos e baixos, com momentos em que tudo parecerá perdido e outros em que o gigantesco tamanho do problema será esquecido. É preciso saber navegar nesse tipo de água turva e turbulenta. Por isso recomendo uma assessoria profissional e independente. Não é mercado para amadores aventureiros…

Rodrigo Constantino

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