O Brasil caiu seis posições de 2015 para 2016 e registrou sua marca mais baixa no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial – que no Brasil é elaborado em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O País ficou em 81º lugar na atual edição, dentre os 138 pesquisados, o pior desempenho desde a mudança de metodologia, que começou a valer em 1998.
Segundo a FDC, a queda do Brasil no ranking reflete sinais claros da forte crise econômica e declínio da produtividade vividos pelo País, resultando em menor sofisticação dos negócios e baixo grau de inovação. “O Brasil se distancia de forma significativa dos demais países do grupo dos Brics e do G-20 e perde espaço internacional”, diz a entidade em nota.
De acordo com o relatório, os principais fatores por trás dessa tendência de perda de competitividade brasileira são aqueles ligados à atual conjuntura política, mas também dados relacionados a questões estruturais e sistêmicas. “Fatores da conjuntura presente, como a crise econômica e política que vem se deteriorando desde 2014, estão associados a fatores estruturais e sistêmicos, como sistema regulatório e tributário inadequado, infraestrutura deficiente e baixa produtividade, que resultam em uma economia fragilizada e incapaz de promover avanços na competitividade interna e internacional sem maior inserção no mercado mundial”, afirma o texto.
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Como parte da pesquisa de opinião realizada anualmente pelo ranking de competitividade, foi perguntado aos entrevistados quais os fatores mais problemáticos para fazer negócios no País. Em 2016, a tributação permanece como maior desafio brasileiro, seguido da corrupção, leis trabalhistas restritivas e ineficiência da burocracia estatal.
Já comentei aqui o caso dos entraves aos negócios, com base em artigo do empresário Odemiro Fonseca. Empreender no Brasil é um ato de coragem ou maluquice, tamanha a hostilidade institucional e cultural. O empreendedor enfrenta os inúmeros obstáculos criados pelo estado e também o desprezo dos intelectuais marxistas, que ainda acreditam que lucro é exploração, não o resultado da geração de valor para a sociedade.
Estamos chegando a um ponto insuportável, se é que já não o atravessamos. Não é mais uma simples retórica liberal afirmar que só temos duas saídas: o liberalismo ou o aeroporto. Se as coisas continuarem assim, com o país dominado pelas máfias sindicais e políticos populistas, vamos afundar de vez, enquanto os países emergentes mais sensatos despontarão no horizonte.
A escolha parece clara: liberalismo ou morte!
Rodrigo Constantino