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Brasil fecha 43 mil vagas em março: economia patinando reforça necessidade de reformas

05-06-2014 - São Paulo - O MPT-RJ (Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro) entrou com ação civil pública pedindo que todos os selecionados para o programa de trabalho voluntário da Fifa para a Copa do Mundo sejam contratados com carteira de trabalho assinada. Foto Rafael Neddermeyer/ Fotos Publicas (Foto: )

O Brasil fechou 43.196 vagas formais de emprego em março, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia.

O dado veio abaixo da expectativa do mercado, que estimava a criação de 80 mil vagas, de acordo com centro de estimativas da agência Bloomberg. Foi também o pior mês de março desde 2017, quando o resultado foi negativo em 63.624 posições com carteira assinada.

No mês passado, foram abertas 1,26 milhão de vagas e fechados 1,3 milhão de postos. No trimestre, o saldo ajustado é positivo em 164,2 mil, queda de 15,9% em relação aos 195,2 mil do mesmo período de 2018. Em 12 meses, o acumulado é positivo em 472.117 vagas.

Rogério Marinho, Secretário Especial de Previdência, comentou sobre a notícia negativa: “Cada vez mais importante o País sinalizar que vai combater seu desequilíbrio fiscal e aprovar a nova previdência”. Ele está certíssimo!

A economia está patinando, não sai do lugar, enquanto os analistas rebaixam estimativas de crescimento. O medo vai se instalando, os investidores desistem de retirar projetos da gaveta, com receio do que vai acontecer no futuro.

Todos sabem que a aprovação da reforma previdenciária, sem muita desidratação, é fundamental. A aprovação na CCJ ontem foi boa notícia, claro, mas carrega alertas: já começou a se desidratar antes mesmo de começar o trâmite sobre o mérito.

É preocupante. Ninguém achou que seria moleza, claro. Mas o governo perdeu tempo demais com intrigas internas, com desvio de foco, com uma narrativa de combate contra a “velha política” e demonizando a articulação como se fosse crime.

O resultado está aí: maiores incertezas sobre qual reforma será efetivamente aprovada. E o Brasil tem pressa. Milhões de desempregados não querem saber dos ataques de Carlos Bolsonaro e Olavo de Carvalho a Mourão. Querem crescimento econômico e emprego!

Rodrigo Constantino

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