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Acordei hoje com o seguinte pensamento: pelas probabilidades, teremos duas mulheres no segundo turno. E a “marcha dos oprimidos” ainda acusa o Brasil de ser um país machista? É isso mesmo? Confirma, produção? Imagina se fôssemos uma nação feminista…

Uma delas ainda se diz negra. E se tivéssemos Joaquim Barbosa concorrendo, era bem provável que fossem para o segundo turno ele e Marina. As “minorias” estariam bem representadas, não? Será que os homens brancos devem pleitear cotas políticas?

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Digo isso em tom jocoso pois a vitimização das “minorias” já cansou. Li, ontem mesmo, que o coordenador do núcleo LGBT abandonou a campanha de Marina Silva. Muitos usaram a informação para atacar o fundamentalismo religioso de Marina. Já eu tive reflexão bastante diferente.

Perguntei-me, espantado: núcleo LGBT? Por que diabos uma campanha precisa de um núcleo voltado só para essa categoria? Há um núcleo para heterossexuais? Peguei-me pensando que gostaria de um candidato que não tivesse um núcleo desses, mas que colocasse todos os brasileiros no mesmo patamar, pregando a igualdade perante as leis, independentemente de inclinação sexual, gênero, credo ou “raça”. É possível?

A filósofa russa Ayn Rand dizia que a menor minoria de todas é o indivíduo, e que não pode alegar defender as minorias quem ignora as liberdades individuais. Há muito tempo que os movimentos das “minorias” não lutam mais por direitos iguais ou leis isonômicas. O que desejam são privilégios, disseminar o ódio a quem pensa diferente, demonstrar profunda intolerância em nome da “tolerância”.

Em muitos casos estamos diante de um “fascismo do bem”, de uma agenda intransigente que, em nome do combate ao preconceito, trai enorme preconceito contra aqueles que ousam divergir uma vírgula da cartilha politicamente correta. Basta pensar em Jean Wyllys para ter ideia do que falo.

Enfim, duas mulheres com boas chances de disputar o segundo turno sem homem algum para representar a “maioria”. Até quando vão insistir na “cartada sexual” para vender a ideia de que somos um país machista e pintar as mulheres como vítimas oprimidas? Até quando teremos uma presidente que fará questão de usar o “presidenta” só para enfatizar tal aspecto insignificante no que diz respeito à capacidade de gestão?

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Ao menos Marina, a que além de mulher também é negra, não pretende manter o “presidenta”. Só isso já seria motivo suficiente para a minha escolha, caso tenha mesmo que optar entre uma das duas. Mas há outros vários motivos, entre os quais posso agora incluir o coordenador do “núcleo LGBT” ter abandonado sua campanha. Quem precisa disso para governar para os brasileiros em geral?

Em tempo: pouco me importa se são duas mulheres, dois negros ou duas representantes da “comunidade LGBT” disputando o cargo. O que realmente me incomoda é que sejam duas esquerdistas. Se ao menos uma delas fosse a Margaret Thatcher…

Rodrigo Constantino