Por Victor Maciel Peixoto, publicado pelo Instituto Liberal
Na manhã de sexta-feira 06 de abril, diversos estabelecimentos da cidade de Coimbra, em Portugal, tiveram seus patrimônios pichados com a frase “Lula Livre”.
A pichação, obviamente, não é um ato exclusivo dos brasileiros, porém, nos últimos anos, a falta de respeito à propriedade privada e ao patrimônio público tem cruzado cada vez mais o oceano Atlântico.
Nota oficial da QuebraTour Viagens e Turismo (agência que teve sua parede pichada):
Não possuímos filiação partidária ou apoiamos qualquer tipo de movimento político seja no Brasil, Portugal ou no mundo.
Temos como único COMPROMISSO proporcionar a satisfação dos nossos clientes por meio de um serviço ético, transparente e de qualidade. Nossa DEFESA e LUTA é pela realização dos sonhos daqueles que viajam connosco todos os fins de semana; levá-los aos lugares que outrora somente eram possíveis em sonhos, mas graças aos nossos serviços tornam-se realidade.
Lamentamos a falta de educação e de valores cívicos de alguns; Liberdade de expressão não pode ser confundida com vandalismo, respeitem o Direito à propriedade e também o Património Histórico da cidade. O Turismo Conimbricense agradece.
Não é a primeira vez que esse tipo de vandalização acontece. Durante o impeachment de Dilma Rousseff, era comum ver paredes com frases “Não vai ter golpe” e “Fora Temer”.
Em dezembro do ano passado, ocorreu uma pequena manifestação durante a vinda do Juiz Sergio Moro à UC, o resultado foi paredes da universidade pichadas como “Vândalo é o $ergio Moro’’ e “A justiça é cega para os crimes do $ergio Moro”(1).
Como se pode visualizar nas fotos abaixo:
É necessário lembrar que alguns brasileiros alegam ser vítimas de certos preconceitos por parte de alguns portugueses. No entanto, sujar paredes de terceiros é fomentar o preconceito para com os brasileiros.
Cabe lembrar que, para combater eficientemente tal preconceito, é necessário dar o exemplo.
Um recado aos estudantes:
Toda ciência deve ser subordinada à ética. E o conhecimento adquirido numa Academia deve ser utilizado para agregar valor aos indivíduos e solidificar os pilares civilizacionais.
Dessa maneira, vir à Portugal para estudar e se enriquecer culturalmente mas, ao mesmo tempo, denegrir patrimônios privados e históricos para se expressar, é utilizar a ciência para fins antiéticos. É rasgar a oportunidade e o privilégio de estudar em uma das maiores e mais respeitadas instituições educacionais do mundo.
Deixo aqui, caridosamente, as minhas desculpas ao povo português pela falta de educação por parte dos meus conterrâneos.
Sobre o autor: Victor Maciel Peixoto de Souza, estudante de Economia na Universidade de Coimbra.
Fonte:
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