Em sua coluna de hoje, Verissimo explica porque tem em Hollande, o socialista adúltero da França, seu herói: o homem, apesar daquela cara de bobão, de sem graça, de “chuchu” sem gosto, sem sal e sem encanto, é um sucesso com as mulheres. Ou seja, é um “pegador”. Diz nosso cronista gaúcho:
Hollande já teve como companheira uma das mulheres mais interessantes da França, Ségolène Royal, com quem a fera teve quatro filhos. A pergunta que se faz na França é: o que exatamente esse homem tem que explique seu sucesso com as mulheres? A questão não tem nada a ver com direito à privacidade. Trata-se de uma curiosidade científica. Se o que ele tem, e disfarça com aquela cara, puder ser reproduzido em laboratório será um alento para a nossa categoria.
Ségolène Royal não é exatamente minha ideia de “uma das mulheres mais interessantes da França”. Se ainda fosse a Carla Bruni, mulher de Sarkozy, vá lá. Feia Ségolène realmente não é. Mas socialista? E desde quando mulher socialista pode ser interessante de verdade? Já pensou, após o sexo ter de ficar escutando elogio a Che Guevara? Bom, talvez seja o grande fetiche do próprio Verissimo, vai saber…
Mas não era disso que eu queria falar. Era de outra coisa. O verdadeiro motivo de tanta admiração por parte de Verissimo foi mesmo a pulada de cerca do “chuchu” socialista:
E nossa admiração só aumenta com os detalhes das escapadas de Hollande. Ele vai para seus encontros com Julie numa motocicleta. O Hollande vai para seus encontros com a amante montado numa motocicleta! Pintado no seu capacete, quem sabe, um galo, símbolo ao mesmo tempo da França e do seu próprio vigor. Ainda há esperança, portanto. Se ele pode, nós também podemos. Pois se François Hollande nos ensina alguma coisa é que biologia não é, afinal, destino.
Olha, não sou puritano, moralista ou coisa do tipo, mas acho que a esposa de Verissimo não deve ter curtido muito esse texto. Concordo que biologia nem sempre é destino, apesar de que Nelson Rodrigues diria que a beleza feminina pode ser fatal, selar todo um trágico destino, como no caso de Marilyn Monroe. Woody Allen também levanta o tema em seu mais recente filme, “Blue Jasmine”, mostrando que as “escolhas” foram feitas antes, quando uma das irmãs expôs incomparável beleza.
Mas divago. Se biologia pode não ser destino, em termos de sucesso com a mulherada, parece-me que o caráter é menos ainda questão de genética. São as escolhas que fazemos ao longo da vida que moldam nosso caráter. Como dizia Aristóteles, o hábito faz a virtude.
A escolha de nossos heróis diz muito sobre nós mesmos. Ficamos assim, então: Verissimo tem como herói o presidente socialista, rejeitado pela opinião pública, incompetente, só porque se mostrou um mulherengo que traía a esposa. Eu prefiro um Ronald Reagan da vida. Cada um com seus heróis…
Rodrigo Constantino
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