A onda de violência que toma conta da região metropolitana de Vitória desde que a Polícia Militar, em greve, sumiu das ruas já fez mais de 50 mortos nos últimos dois dias. Segundo informações do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, até pouco depois das 10h desta segunda-feira, 51 corpos já haviam chegado ao Departamento Médico-Legal da capital capixaba. Foram oito mortos no sábado, 16 no domingo e mais 27 contabilizadas apenas nas primeiras horas desta segunda-feira. A comparação dá o tamanho da crise: em janeiro, foram registrados quatro assassinatos na Grande Vitória, e nos primeiros dias de fevereiro haviam sido dois.
A PM está fora das ruas desde a madrugada de domingo. Nesta segunda-feira, um protesto de parentes de policiais impede viaturas de deixarem os principais batalhões da PM da região metropolitana (além de Vitória, Guarapari, Linhares e Aracruz, Colatina e Piúma). Pelo código militar, os policiais não podem fazer protestos. Os manifestantes pedem melhores salários e condições de trabalho aos policiais.
Não vou entrar aqui na questão da legitimidade ou não da greve. Entendo que policiais não podem simplesmente desaparecer para protestar, pelo motivo que for, dada a importância de sua função para manter a ordem. O foco do artigo será outro. Justamente o de mostrar como a polícia é fundamental para impedir a anarquia. Ou seja, os esquerdistas que agora reclamam da violência causada pela greve policial são os mesmos que vivem atacando a polícia como causa da violência!
O Ministério da Justiça confirmou o envio de 200 homens da Força Nacional de Segurança para auxiliar no policiamento na cidade de Vitória, no Espírito Santo. Por meio de nota, a pasta informou que o grupo deve chegar à cidade no início da noite desta segunda-feira.
“Desde domingo, o ministro vem acompanhamento o problema na cidade. Conversou com o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, e com o governador em exercício do Espírito Santo, Cesar Colnago. Nas duas conversas, o ministro colocou-se à disposição para auxiliar na solução do problema”, diz a nota.
Ou seja, a solução não é “dialogar” com os bandidos, mas mandar mais policiamento. Exatamente o contrário do que “intelectuais” defenderiam em suas teses esdrúxulas e românticas. Não vimos uma só ONG de “direitos humanos” ser voluntária para ir acalmar os marginais, para proteger a população e os empresários dos saques, assaltos e violência ocorridos nos últimos dias.
E atenção: a situação é ainda mais grave do que aquela divulgada pela imprensa! É o que nos conta Bruno Garschagen, que mora em Vitória:
Essas imagens abaixo corroboram o que Garschagen disse, dando uma ideia do que se passa por lá. Detalhe: o vídeo é de Cachoeiro de Itapemirim, cidade do interior do estado. O caos está instalado em todo o estado, não somente na região metropolitana. Vejam:
Basta suspender um pouco a ordem para a barbárie vir à tona, para o ser humano mostrar seu lado mais nefasto. Algo que qualquer conservador sabe, mas que é completamente ignorado pelos filhotes de Rousseau. A ausência de policiamento é a melhor garantia de caos. E, como Garschagen diz, citando Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil, tudo isso num quadro em que o governo desarmou o cidadão de bem, aquele que poderia se proteger ou defender terceiros num caso desses.
Não se brinca com o policiamento. Todos aqueles ongueiros de “direitos humanos”, “intelectuais” de esquerda e artistas engajados que adoram meter o pau na polícia, acusada de “fascista” e “truculenta”, responsável até pela criminalidade elevada, estão calados hoje, de forma hipócrita, torcendo para que a mesma polícia que demonizam volte logo a trabalhar para garantir a segurança de todos. Ou alguém concorda com o socialista Marcelo Freixo, que acha que basta acender um poste para resolver o problema da criminalidade?
Por que Freixo não vai com uma lanterna resolver o caos no Espírito Santo? No dia em que a polícia for mais valorizada e respeitada (recebendo melhores salários também, possível se o estado for menos perdulário e não se meter em coisas que não são sua prioridade) e o cidadão ordeiro tiver o direito básico de se armar para se defender, essas cenas chocantes de guerra civil e anarquia ficarão restritas ao cinema, em filmes de ficção.
Mas enquanto a esquerda falar mais alto, com suas teses que costumam falir o estado inchado, transformam bandidos em “vítimas da sociedade”, polícia em bandido e trabalhador decente que quer se armar para se defender em marginal, eis aí o resultado prático que teremos. Espírito Santo é a prova – mais uma! – do fracasso do esquerdismo!
PS: Seguem comentários inteligentes e sarcásticos sobre a situação lamentável em Vitória:
Agora que as “vítimas do sistema opressor” estão matando livremente pelas ruas do ES por que a galerinha do bem não sai do condomínio e aproveita para conhecê-las fora dos livros de Sociologia? – Thiago Kistenmacher, colaborador do Instituto Liberal
Ufa! Ainda bem que o governo do Espírito Santo proibiu o sal nas mesas de bares e restaurantes! Estar com a pressão controlada nesse momento é realmente muito importante. – Bene Barbosa, do MVB
AINDA BEM que o cidadão honesto, que trabalha e paga impostos, pelo menos tem direito a ter uma arma para defender seus negócios, sua família e sua própria vida durante a paralisação de policiais que ocorre em Vitória nesse momento. Imagine se a cidade estivesse nas mãos dos bandidos! Imagine se os cidadãos não tivessem o direito de se defender! Seria o caos! Estariam todos trancados em casa, se borrando de medo. – João Cesar de Melo, colaborador do IL
Que situação! Até quando vamos aceitar a destruição da civilização que a esquerda promove?
Rodrigo Constantino
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