O presidente Michel Temer anunciou importantes medidas para conter os gastos públicos, que têm crescido sistematicamente mais do que a economia brasileira. Sem reformas, a bomba-relógio explodirá inevitavelmente. Além disso, Temer sinalizou que pretende resgatar parte da montanha de recursos que o BNDES emprestou para grandes grupos, naquilo que ficou conhecido como “seleção dos campeões nacionais”.
O BNDES sob o comando petista virou um poderoso instrumento de transferência de dinheiro dos trabalhadores para os empresários ricos e “amigos do rei”. Além disso, representou um “orçamento paralelo” que está por trás da destruição das contas públicas. Eike Batista, JBS, Bumlai: foram todos agraciados com vasta quantia subsidiada por meio do “bolsa-empresário”.
Tudo isso representa muito bem um dos principais problemas do nosso modelo econômico, que pode ser descrito como “capitalismo de compadres”. Nele, o “investimento” em lobby em Brasília vale mais do que em produtividade. Numa economia fechada como a nossa, há pouca concorrência, e cair nas graças do governo faz toda diferença do mundo. Irônico um governo de esquerda ter fomentado tanto isso.
Liberais, por outro lado, defendem o livre mercado, a concorrência desimpedida sem barreiras de entrada. Prevalece a meritocracia e todos disputam para ver quem atende melhor nossas demandas. Foi o modelo que trouxe riqueza para os países desenvolvidos, com um índice de liberdade econômica bem maior. Infelizmente, até os Estados Unidos, que já foram ícones desse liberalismo, vêm reduzindo seu grau de liberdade.
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Rodrigo Constantino
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