Segundo informações da unidade, as investigações comprovaram que Gabriela Elias da Silva, de 29 anos, e Larissa Rodrigues da Silva, de 20, castigavam fisicamente a criança.
A polícia diz que o relacionamento do casal começou por meio de um site de relacionamentos e continuou numa rede social por quase dois anos.
Passado esse tempo, a dupla resolveu se casar em dezembro do ano passado, pouco antes do Natal, quando Larisse deixou a Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, para morar na casa da companheira em Seropédica, na Baixada Fluminense.
Conforme apurado pelos agentes, o casal impunha castigos físicos à criança, mas também penalizavam a criança mandando ela ficar em pé e de rosto colado à parede por 3 minutos, tempo correspondente à idade dela.
Há indícios, segundo a investigação, de que a criança tenha sido jogada ou tenha caído de uma escada ao evitar agressões praticadas por Gabriela. As lesões compatíveis com queda de altura foram constatadas em exame médico.
A primeira reação ao ler a matéria foi de asco e choque, lembrando sempre que o Mal existe e está entre nós. Que tipo de gente espanca a própria filha, uma criança com menos de três anos, a ponto de deixar seu rosto irreconhecível? Somente monstros agem assim. E infelizmente existem monstros humanos.
Mas, após essa revolta inicial, um aspecto chamou a minha atenção: as agressoras são lésbicas. E negras. Se eu acho isso relevante? De forma alguma! Eu sei perfeitamente que existem lésbicas negras decentes, e que são, inclusive, a maioria. Mas eis o ponto: a esquerda, que vive de política de identidade e vitimismo, não sabe dessa obviedade.
Para feministas e demais movimentos de “minorias”, basta pertencer a uma dessas “minorias” para ser… a vítima, enquanto o homem heterossexual branco cristão ou judeu será sempre o algoz, o agressor, o opressor. Essa é a narrativa dessa turma, afinal de contas. O mundo é separado em grupos, não mais em indivíduos. E, com isso, perde-se a lógica e a justiça numa tacada só.
São indivíduos que agem, para o bem ou para o mal. Vou dizer o óbvio ululante, mas que desapareceu dos “debates” no mundo pós-moderno: existem homens brancos heterossexuais realmente maus, e a maioria é boa; existem homens gays ruins também, mas a maioria é boa; existem mulheres terríveis, lésbicas ou não, brancas ou negras, mas a maioria é boa.
A maioria da humanidade, quero crer, anda na linha, ainda que sejamos todos imperfeitos e sujeitos às paixões mesquinhas. É a natureza humana da “besta caída” que precisa ser domesticada, civilizada. Essas duas acima, claramente, não foram, e agiram como bestas selvagens. Por acaso eram mulheres, lésbicas e negras, ou seja, “minoria” tripla. Só que são as agressoras no caso, o que dá nó na narrativa coletivista dos “progressistas”.
As consequências dessa postura não podem ser diminuídas. São muito graves. Por exemplo: o movimento feminista passou a disseminar a ideia absurda de que basta a palavra de uma mulher para se tornar verdade absoluta, desprezando a necessidade do devido processo legal, do inocente até que prove o contrário e outras conquistas civilizacionais.
Só que mulheres mentem. Homens também, diga-se. E é por isso que a palavra de ninguém pode ser tomada como substituto adequado para fatos, que devem ser investigados com isenção. Digo o óbvio, repito, mas vivemos num mundo estranho em que a lógica foi morta pela ideologia esquerdista pós-moderna.
Que esse caso, como tantos outros, sirva de reflexão para os perigos da mentalidade identitária da esquerda.
Rodrigo Constantino
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