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O mundo anda tão chato, tão politicamente correto, que o fumante é tido como um pária da sociedade, enquanto o moderninho que gosta de meninos, meninas e “poliamor” é visto como um sujeito decente. Está tudo invertido! E por isso mesmo aqueles com apreço pelas tradições reagem. Justamente porque ninguém mais suporta tanta pentelhação uma figura como Donald Trump desponta: ao menos ele fala o que quer sem tanto melindre.

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Digo isso porque vi a reação a um trecho de uma entrevista minha, concedida ao Brasil Paralelo numa charutaria de Weston, onde apareço com um cigarro na mão falando sobre o autoritarismo do estado obcecado com nossa saúde (os nazistas também eram). Várias pessoas me criticando (fui chamado até de “babaca”), dizendo-se “decepcionadas” comigo. Talvez não estivessem tão desapontadas se eu aparecesse participando de uma orgia em praça pública, não é mesmo? Ou se eu estivesse num vídeo com travestis cheirando cocaína. Eis o curto trecho:

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Lembrei disso ao ver esse breve vídeo de Luiz Felipe Pondé sobre charutos, com direito a um final hilário:

Ninguém precisa fazer apologia do fumo, mas cá entre nós: fuma quem quer! Somos ou não adultos independentes, livres? Essa reação é um espanto, sinal dos tempos. O fumante se tornou um pária, um imbecil, um idiota, e nem passa pela cabeça do “puritano moderno” que ele saiba dos riscos, dos malefícios, e ainda assim escolha fumar. Alguns ficam viciados, é verdade, e não faz tanto sentido falar em escolha. Mas vários outros – meu caso – simplesmente gostam de um cigarro ou charuto de vez em quando. Tantas coisas fazem mal à saúde…

Essa asfixia politicamente correta é um saco! O único objetivo da vida não pode ser viver mais anos com saúde, pois muitas dessas pessoas querem prolongar vidas tão chatas e vazias que não faz sentido. Não se permitem nem uma fuga, um momento de relaxamento, a menos que seja num centro budista com água climatizada e sanduíches de tofu orgânico. Mas que gente chata, meu Deus!

PS: Tanto Churchill como Che Guevara eram conhecidos por ter com frequência um charuto na boca. Mas que abismo entre ambos! Quem dera o principal defeito de Che Guevara, ídolo dos revolucionários, fosse seu hábito de fumar charutos, não é mesmo?

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Rodrigo Constantino