Se o Brasil cansa, a classe artística da esquerda caviar cansa ainda mais. É o caso de Chico Buarque, um dos ícones dessa turma, o compositor que vive em Paris ou na cobertura do Leblon, quando não está jogando bola em seu campo particular do Recreio, mas que “defende” os desvalidos e “combate” a desigualdade capitalista.
O homem não diz uma só palavra contra os abusos do governo petista, sobre os infindáveis escândalos de corrupção, sobre a inflação que ferra com os mais pobres, nada. Mas aparece em cena para condenar… a venda de ativos pela Petrobras, para resgatar o slogan nacionalista (adorado, ironicamente, pelo regime militar) de que “o petróleo é nosso”.
Faz sentido: Chico fez isso ao lado de membros da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que lidera uma campanha contra a venda de ativos da Petrobras, realizada por extrema necessidade de caixa após o esquerdista PT destruir a empresa. O petróleo, de fato, é deles, daqueles que mamam nas tetas da estatal, transformada em cabide de empregos, em instrumento de financiamento de partidos corruptos, em vaca leiteira para artistas engajados.
Essa gente fala sério quando diz que o petróleo é deles. Nosso é que não é! Afinal, a Petrobras serviu apenas para transferir recursos do povo trabalhador para esses privilegiados e corruptos, nada mais. Mas eis que Chico Buarque, o tremendo cara de pau, alega que há uma “cobiça permanente em torno da Petrobras”. E reparem: ele não quer dizer, com isso, que os petistas cobiçaram a empresa e montaram o maior esquema de corrupção já visto na história deste país. Não!
Chico defende o “petrolão”, ainda que indiretamente, pois não diz uma só palavra contra a quadrilha liderada pelo PT, enquanto condena justamente o caminho que poderia acabar com a roubalheira na estatal, que é sua privatização. Ou seja, para Chico, o problema não é desviar bilhões da Petrobras para irrigar o caixa do PT e as contas na Suíça dos petistas; e sim vender ativos que serão melhor geridos pela iniciativa privada!
É tudo muito tosco mesmo. Mas eis o ponto final que gostaria de destacar: Chico convidou para seu campo particular a turma do MST, inclusive seu líder Stédile, aquele que, segundo Lula, tem um exército paralelo (e, portanto, ilegal). Essa turma costuma invadir propriedade alheia, sob os aplausos do próprio Chico Buarque. No olho dos outros pimenta é refresco, não é mesmo? Chico não precisa temer as invasões do MST, pois é “camarada” dos marginais, joga “pelada” com eles.
E nem para colaborar com a reforma agrária, o egoísta ganancioso! Em vez de cada jogador do MST sair de lá com um naco de terra da vasta propriedade particular de Chico, tudo que ganharam foi um CD autografado, o que para alguns nem chega a ser bem um presente, a menos que se trate de “amigo da onça”. Um dos CDs vai para o “companheiro” Nicolás Maduro, aquele que persegue opositores na Venezuela e ajudou a destruir de vez o país e sua democracia.
São os amigos de Chico Buarque. A esquerda, como diz Pondé, é mesmo uma questão de caráter. No caso, da falta dele…
Rodrigo Constantino
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