O compositor Chico Buarque, ícone da esquerda caviar nacional, reapareceu após período um tanto sumido (coincidente com o período de maior rejeição ao governo Dilma) para endossar a campanha contra a redução da maioridade penal. Fez isso no dia seguinte ao assassinato de um médico ciclista que escandalizou o Rio, praticado supostamente por um menor com diversas passagens pela polícia. Houvesse punição igual para menores, o ciclista ainda estaria vivo hoje, e salvando mais vidas.
A atitude do filho de Sergio Buarque é um escárnio com a sociedade carioca e brasileira, um cuspe na cara das pessoas sérias que não aguentam mais tanta impunidade e, por tabela, criminalidade. Mas não é um ato inesperado, vindo de quem vem. Chico, afinal, sempre esteve do lado errado da história, defendendo a escória humana, bajulando ditadores assassinos, justificando ladrões e corruptos. Um típico petista, enfim!
Seria, então, identificação com os bandidos? Consta que já foi ele mesmo preso e fichado por roubo. Em dezembro de 1961, aos 17 anos, Chico Buarque e um vizinho roubaram um Peugeot. Foram pegos pela polícia, apanharam muito e foram levados algemados. Passaram a noite presos no Juizado de Menores e só saíram na manhã seguinte, liberados por Miúcha, irmã de Chico. Durante 6 meses, ele ficou em liberdade condicional.
Chico ainda foi preso em outras 3 ocasiões: para comemorar a sua entrada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da USP, ele subiu na mesa de um restaurante em Itanhaém (SP) e começou a fazer um discurso enquanto atirava ovos nos outros clientes; junto com um grupo de amigos, derrubou um muro em Santos (SP); e provocou uma batida de carro, ainda que sem gravidade, em São Paulo.
Mas era o filho do famoso Sergio Buarque de Hollanda, e por isso tinha salvo-conduto para tais crimes. Era um jovem existencialista em busca de adrenalina, um típico filhinho de papai que acha que vai se rebelar contra o “sistema” e “salvar o mundo”, falando em nome dos mais pobres enquanto vive como a casta dos nababos. Hipocrisia pura, a cara da nossa esquerda caviar, que depois vai cantar em suas músicas como ama o “oprimido” e o “desvalido”, que mantém à distância.
A foto de Chico, aliás, parece ter sido tirada em seu campo particular de futebol no Recreio, onde marca “peladas” com os amigos da elite após defender os invasores do MST e quando não está degustando do luxo capitalista em Paris. É tudo um tanto asqueroso. E muita gente, incapaz de separar a obra artística da pessoa, ainda idolatra o ser humano Chico Buarque, como se fosse realmente alguém muito preocupado com os mais pobres e oprimidos.
Quem se preocupa com a família de Jaime Gold, o ciclista pai de família morto pelo marginal inimputável? Com certeza não aqueles que adoram enxergar seu assassino como a verdadeira vítima. Mas todos os demais, cansados, saturados dessa hipocrisia, dessa benevolência com marginais assassinos, agradecem a campanha de Chico Buarque. Afinal, se um bajulador do PT e de Fidel Castro está contra uma medida, ela só pode ser boa!
Rodrigo Constantino
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