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Sou o primeiro a atacar Reinaldo Azevedo quando julgo necessário, e está evidente que ele se tornou uma espécie de advogado dos caciques tucanos, nada mais. Seus ataques histéricos à “direita xucra” e ao juiz Sergio Moro, assim como à Lava Jato, deixam claro que o homem se perdeu de vez mesmo. Sobre a recente briga com Diogo Mainardi, comentei:

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Eu lamento essa briga de baixo nível entre Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi, que chegou a ter até vazamento de emails particulares (coisa feia, mais feia do que xingar). Quem me acompanha sabe que, se tiver de tomar partido, meu lado está claro: sou pela Lava Jato, defendo o juiz Sergio Moro, e estranho muito a mudança de postura do escriba tucano. Mas não pretendo me meter. A briga não chegou na direita ainda. Eles que são social-democratas defensores de Hillary Clinton que se entendam…

Dito isso, Reinaldo tem um ponto: a tese de que “são todos iguais” só interessa mesmo ao PT. Já cansei de bater nessa tecla também: o PT não “apenas” roubou, não lançou mão de caixa dois ou algo do tipo. O PT é uma quadrilha ideológica com um projeto totalitário, que tem bandidos favoritos, que acha que quaisquer meios, por mais nefastos que sejam, são justificáveis por sua “nobre causa”.

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O PT populista já teve muitos votos, mas como lembra o “casseta” Claudio Manuel, hoje voltou a ter apenas devotos. O petista é aquele que acreditava no marqueteiro João Santana quando mentia na campanha de Dilma, mas não acredita agora que ele diz a verdade à Justiça. O PT é uma seita ideológica e corrupta, que defende os piores marginais e ditadores, que apoia até o regime assassino de Maduro na Venezuela (como, aliás, o PSOL, sua linha-auxiliar).

E, por falar no PSOL, vejam aí o “isentão” José Padilha, cineasta camarada do socialista Freixo, falando que existe uma “reciprocidade ideológica” no país, e que para poder prender Lula, a Justiça terá que prender algum tucano também:

Explico: a Lava-Jato revelou que existe, no âmago da democracia brasileira, um mecanismo que transfere recursos da sociedade civil para quadrilhas formadas por fornecedores do Estado e partidos políticos. Esta revelação gerou uma forte demanda para que os operadores do mecanismo sofram penas compatíveis com os danos que causaram. Todavia e estranhamente, gerou também, sobretudo dentro da classe dos formadores de opinião, um clamor pela manutenção de um certo “equilíbrio ideológico” no âmbito das punições destes políticos e de seus partidos. O Lula vai para a cadeia? Então o Aécio tem que ir também. O PT foi punido? Tem que punir o PSDB. (Como o PMDB não tem ideologia, seus políticos ficam à margem deste debate.)

Não me pergunte por que opera no Brasil tal princípio. Não sei dizer. Apenas constato a sua existência e a enorme confusão que tem criado dentre nossos formadores de opinião.

É evidente que Lula, Dilma e o PT desviaram grande volume de recursos públicos em conluio com lideranças do PMDB. Nenhuma pessoa razoável consegue negar isto face as evidências disponíveis. Aplicada a lei, deveriam ser presos. No entanto, exige do princípio da reciprocidade ideológica que líderes do PSDB sejam presos também.

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Ou seja, Padilha está reduzindo os crimes petistas ao caixa dois, o que é justamente a narrativa… de Lula! É música para os ouvidos petistas! Eles, que repetiam há poucos meses o bordão “nunca antes na história deste país”, agora só pensam em repetir “sempre antes na história deste país”, para misturar o joio e o trigo, ou, no caso, o joio e o joio ainda mais podre. É como chamar tanto ladrão de galinha como estuprador de “marginais”, o que é conceitualmente correto, mas esconde o essencial.

A quem interessa esse discurso que embaralha tudo? Aos piores, claro. E quem são os piores? Os petistas, óbvio! Aqueles que destruíram o Brasil, que montaram o maior esquema de corrupção de nossa história, que flertaram com um modelo totalitário como o venezuelano, que possuem soldados marginais bancados com mortadela pública para aterrorizar a nação. Padilha conclui:

Se eu estiver correto, a julgar pelo depoimento de Lula e pelas delações de Mônica Moura e de João Santana, o STF deve estar se preparando para condenar algum político importante do PSDB no âmbito dos processos apresentados pela PGR antes do que se imagina. Candidatos é que não faltam.

Seria uma ótima notícia. O PSDB sofreria um baque e Lula poderia ser preso sem que o princípio da reciprocidade ideológica fosse contrariado. Dois passos necessários, embora não suficientes, para a renovação da política em nosso país.

E assim o PSOL, tão querido pelo cineasta “isentão”, ficaria purinho, como uma alternativa a essa “briga ideológica entre iguais”, ignorando inclusive que o PSDB também é um partido de esquerda, ainda que bem mais moderado do que o PT. A quem o cineasta quer enganar com essa fala?

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José Padilha fez, sem se dar conta, um ótimo filme de direita: “Tropa de Elite”. De tão culpado que se sentiu, sofrendo pressão de seus colegas esquerdistas, pariu a sequência, um lixo esquerdista em que Freixo virou herói, e o “sistema” se tornou o grande culpado. Wagner Moura, outro socialista, adorou. O público nem tanto.

Agora Padilha joga para a plateia uma vez mais. Mas para a sua plateia, a turminha da esquerda caviar que, para engolir algum tipo de culpa de Lula e do PT, precisa incluir tucanos na lista também. Não ligo para os tucanos. Quero mais que se explodam! Tenho muitas críticas a eles, a essa postura pusilânime ao confrontar o PT, até mesmo à sua visão ideológica de centro-esquerda.

Mas sou honesto, e não vou repetir, como os “isentões” fazem, que PT e PSDB são iguais. Não são. E o PT precisa ser culpado não por caixa dois ou propina da Odrebrecht, mas por ter tomado o estado de assalto, aparelhado todas as instituições, e tentado transformar o Brasil numa Venezuela. Esse papo de “reciprocidade ideológica” é besteira. Queremos o chefe da quadrilha petista preso! E ponto final.

Rodrigo Constantino