Ciro Gomes (PDT-CE) “devia se preocupar é com o estado dele, primeiro o pessoal, de saúde mental, depois o Ceará, que é o Estado que ele representa”, disse nesta segunda-feira (27) o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
O prefeito tucano rebatia críticas feitas pelo pedetista a ele, em entrevista publicada pela Folha no mesmo dia.
Para Ciro, o “farsante” Doria força uma imagem errada de “antipolítico”, já que, ao chefiar a Embratur no governo Sarney, “saiu debaixo de muitas irregularidades no Tribunal de Contas da União e foi violentamente criticado por uma propaganda do turismo brasileiro com bundas de mulher na praia, estimulando claramente o turismo sexual”.
Doria evocou um episódio visto como machista da campanha presidencial de Ciro em 2002 –quando Ciro disse que sua então esposa, a atriz Patricia Pillar, tinha um dos papéis mais importantes na disputa: “Dormir comigo”.
“O ex-governador [do Ceará] não é exatamente a pessoa mais indicada para falar das questões das mulheres, né? Ele tratou a esposa como tratou, não é exatamente uma pessoa que tem perfil e autoridade pra falar sobre isso.”
“E os temas da Embratur são temas do passado, não houve esse tipo de situação”, afirmou na sequência.
[…]
Doria negou que sua fortuna tenha sido construída com ajuda do partido. “Se tivesse tido algum problema, não seria depois de nove meses de intensa campanha que isso teria surgido. Então não procede.”
E emendou: “Lamento também que o ex-ministro Ciro Gomes, com seu habitual destempero e seu tradicional desequilíbrio, queira fazer colocações desse tipo”.
Acabei de publicar um texto com a fala do vereador do Partido Novo, Felipe Camazzoto, afirmando que a típica postura tucana de fazer “oposição” pusilânime à extrema-esquerda, seus “primos radicais”, já era, é coisa do passado, e que os socialistas terão de se acostumar com isso.
João Doria mostra que estou certo, e que até no PSDB há ventos de mudança! É verdade que muitos dizem que Doria tem mais o perfil do Novo do que do PSDB, e o fato de ele receber tanto “fogo amigo” de seu próprio partido comprova isso. Os tucanos não toleram muito essa postura de “bateu, levou”, pois sua vocação é mesmo apanhar com elegância, oferecer a outra face e convidar para um chá das cinco aquele que pretende destruí-los, em nome da “diplomacia”.
Mas FHC já deu. Agora precisamos de uma nova postura, de quem tenha coragem de enfrentar com determinação esses safados que pretendem arruinar de vez com nossa democracia. Enquanto o ex-presidente nega até mesmo o que disse, alegando que chamou Lula e Ciro Gomes de “mau caráter” na hora do nervosismo, mas que após reflexão calma não pensa nada disso, Doria coloca o dedo na ferida e mostra como essa gente deve ser tratada.
É assim que se faz, Doria! Eu ainda acho que o prefeito de São Paulo pode adotar o novo apelido de Ciro que anda circulando por aí. Apresentei uma justificativa bem lógica para tanto em minha página do Facebook:
Apesar da pinta de coronel nordestino, acho que Ciro Gomes tem algo de italiano em sua origem. E, como todos sabem, em italiano o “c” muitas vezes tem som de “t”. Por exemplo: Cielo se fala “tielo”. Por conta disso, e apenas disso, resolvi que a partir de hoje só chamarei o candidato de extrema-esquerda de Tiro Gomes. Não há ligação alguma com o episódio em que o linguarudo destemperado afirmou que receberia o juiz Sergio Moro “na bala”, que fique bem claro.
Os fãs de Tiro Gomes (sim, há maluco para tudo nesse mundo) andam revoltados com meus ataques, e na falta de argumentos puxam o velho “debate” que travei com o homem há 9 anos. Fui “humilhado”, dizem, e nunca superei a vergonha (talvez por isso eu mesmo tenha postado o vídeo). É pura “dor de cotovelo”, portanto. Estão certos, claro! Meus ataques não têm absolutamente nada a ver com o fato de que um sujeito arrogante, despreparado, oportunista e destemperado pretende ser o próximo presidente do Brasil, para afundar de vez com o país, terminar o serviço começado por seus comparsas Lula e Dilma. Imagina só!
Estou aqui elogiando Doria e criticando Ciro por “revanche egoica”, pura vaidade. Quem me conhece sabe que sou mais vaidoso até do que aquele lá, que passou a defender o indefensável só para atacar a “direita xucra”…
Rodrigo Constantino
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