Ciro Gomes foi o entrevistado do Roda Viva nesta segunda. O Rolando Lero disse, como de praxe, muita besteira, pregou medidas irresponsáveis e absurdas, e deixou claro, uma vez mais, que afundaria de vez com o Brasil se chegasse ao poder, terminando aquilo que Lula e Dilma deixaram inacabado. Mas uma passagem em particular ultrapassou qualquer limite, mesmo para os mínimos padrões do populista.
Quando perguntado sobre a crise venezuelana, Ciro destilou todo seu ódio… ao povo, aos que lutam desesperados por comida, segurança, alguma liberdade. Para Ciro, são esses que representam o “nazi-fascismo”, não Maduro, que usa milicianos cubanos para matar estudantes em protestos. É a resposta de um cúmplice do regime ditatorial socialista, na tentativa de seduzir as viúvas de Lula, disputando com Guilherme Boulos quem é o mais extremista dos dois:
Qualquer tentativa de relativizar o caos venezuelano imposto pelos socialistas deveria ser vista como grave ofensa aos democratas e como apologia à ditadura. Qualquer tentativa de suavizar a responsabilidade dos bolivarianos, apoiados desde o começo e até o fim por Lula e o PT, deveria ser tomada como uma ameaça perigosa contra nosso Parlamento. Ciro fez pior: endossou abertamente o regime, atacando o povo que reage desesperado nas ruas. É postura de canalha.
Mas não esperem que a mídia dê tanta atenção a isso, que vire capa de jornal. Podemos imaginar qual seria a reação se Bolsonaro defendesse Pinochet, mas Boulos e Ciro podem elogiar Chávez e culpar “os americanos” (????) pelo caos venezuelano, enquanto demonizam a população refém de um tirano, que tudo bem. Vão continuar sendo tratados como candidatos normais, de “esquerda” (extrema só existe a direita, como sabemos), pelos jornalistas. É isso que dá combustível – tão em falta – à candidatura de Bolsonaro, aliás. Esse duplo padrão cafajeste.
Afinal, “intelectuais” e artistas como Caetano, que sempre flertaram com extremistas, anunciaram apoio a Ciro ou a Boulos, então ambos só podem ser “fofos”, líderes preocupados com a “justiça social”, e não bajuladores de ditadores assassinos. Vejam o momento em que Caetano chama Ciro Gomes de “meu” candidato:
Ou seja, o “black bloc” está assumindo que também aplaude Maduro e chama a população venezuelana de “oposição fascista”. Eis o que essa turminha comunista entende por democracia: uma tirania que persegue opositores, fecha a imprensa, compra juízes e mergulha o país no caos. Uma quadrilha de traficantes no poder: aí está a “justiça social” desses boçais de esquerda!
Quem apoia Ciro Gomes, Boulos ou o PT, mesmo depois de tudo que se sabe, não merece respeito num debate civilizado, pois não aceita nada disso, joga por outras premissas, aprova métodos diferentes. Quem defende Ciro Gomes e Boulos ou o PT está declarando, abertamente, que quer transformar o Brasil numa Venezuela, escravizando você, leitor. E só um trouxa vai ser compreensivo e civilizado com quem promete te transformar em escravo.
SE houvesse imprensa séria no Brasil, Ciro Gomes e Guilherme Boulos seriam tratados como merecem: como dois extremistas tentando destruir a democracia brasileira, não como dois candidatos normais de esquerda.
Rodrigo Constantino
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