A vida de um típico esquerdista é muito fácil. Não precisa estudar, entender de economia, fazer contas, manter a lógica, usar a razão, respeitar os elos causais. Não tem que se preocupar com esses “detalhes chatos”. Não necessita focar nos resultados. Um esquerdista vive no mundo da retórica, seu principal instrumento de trabalho é um megafone, e tudo que ele tem de fazer é sempre criticar a realidade imperfeita – muitas vezes piorada por ele – sem fornecer soluções concretas.
Pegue o caso da Argentina. A esquerda vai lá e destrói com um país que já foi mais rico do que o Japão no começo do século XX, depois, quando as coisas começam a melhorar, a esquerda, nas figuras do casal K, ferra novamente com a economia argentina. Aí, quando o liberal Macri assume e começa a fazer as reformas necessárias, a mesma esquerda passa a apontar para a dura realidade como se fosse culpa do atual governo, não dela mesmo.
Se a Argentina precisa bater à porta do FMI para sobreviver, depois do estrago deixado pela esquerda, a esquerda, na maior cara de pau, inverte tudo e acusa as reformas ortodoxas pelos problemas. A culpa é do sintoma, não da causa. A austeridade é o vilão. Tem “economista” de extrema esquerda, como aquela Laura Carvalho do PSOL, repetindo que a austeridade do liberal Macri não funcionou e ferrou com a Argentina, pois ela precisou do FMI. Pura desonestidade intelectual. A Argentina foi para o buraco – uma vez mais – por conta justamente das receitas esquerdistas!
Mas o esquerdista não precisa levar isso em conta. Um leitor meu resumiu bem a coisa: “Como é fácil para as esquerdas. Colocam os países no buraco, são expurgados do poder, aí vem a ressaca das posições equivocadas tomadas, elas se aproveitam, sobem no palanque e iniciam uma verborreia de palavras e atitudes insinuando que o que acontece nada tem a ver com eles; são todos iguais: olhem o que está acontecendo no RS, o crápula do ex-governador Tarso Genro liquidou com o estado, e agora sobe no palanque fazendo críticas”.
No Brasil todo é a mesma coisa. O PT voltou com a alta inflação, deixou 15 milhões de desempregados, um caos social, ranking pior no ensino, atividade econômica em queda livre, sem falar da destruição das estatais e dos escândalos de corrupção nunca antes vistos na história deste país. Acabou apeado do poder por um impeachment legítimo, e imediatamente subiu no palanque como se não tivesse qualquer elo com a tragédia que criou.
Um esquerdista começa cedo: é aquela criança que faz besteira e aponta para o irmão: “foi ele”. Ser de esquerda é fazer a cagada e cuspir no faxineiro que precisa limpa-la depois. Ser de esquerda é roubar e logo depois gritar “pega ladrão”. Ser de esquerda é ser ingrato, mimado, canalha. Ser de esquerda é não se importar com o real, mas só com as fantasias. Ser de esquerda é adotar a primazia dos desejos e abandonar os fatos, é colocar a narrativa acima de qualquer verdade. Ser de esquerda é deixar um rastro de destruição quando passa pelo poder, e depois ficar atacando aquele que precisa resolver os pepinos todos.
Há basicamente dois tipos de pessoas no mundo: aqueles que estão preocupados em fazer as coisas certas, sem se importar muito com quem ficarão os créditos de suas ações; e aqueles que só querem falar e assumir os louros imerecidos enquanto outros fazem o trabalho duro que deve ser feito. O primeiro grupo é o dos liberais e conservadores; o segundo é o dos esquerdistas. É mesmo muito fácil ser de esquerda: basta não ter honestidade!
Rodrigo Constantino
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