
Em sua coluna de hoje, Ancelmo “Ivan” Gois, jornalista treinado pela KGB, puxou da cartola uma estatística mui estranha, fazendo-nos lembrar da máxima de Mark Twain: existem mentiras, grandes mentiras, e a estatística. Eis o que ele publicou:
Como cartas para a Redação não ganham o devido destaque, já que a linha editorial do jornal carioca claramente pende à esquerda, vamos de redes sociais mesmo, ambiente onde ainda temos alguma liberdade de expressão, a despeito do esforço da patrulha “progressista”. Eis as reações de dois especialistas no assunto criminalidade:
Bene Barbosa: “Como mentir com estatísticas! Só se chega a autoria em 8% dos homicídios, em média um assaltante só é preso após dezenas de assaltos, imagine então outros crimes menores. Os reincidentes NÃO estão sendo pegos, isso sim!”
Roberto Motta: “Vejam a falta de informação misturada com manipulação dos dados desta nota. Apenas 2% do assaltos e 8% dos homicídios são esclarecidos no Brasil. A maior parte dos crimes sequer é comunicada à polícia. Logo, essa estatística de 5,28% apresentada não significa absolutamente nada PORQUE A ESMAGADORA MAIORIA DOS CRIMINOSOS NEM É IDENTIFICADA, quanto mais presa. Vou repetir devagar: 98% dos assaltantes do Rio de Janeiro não são identificados. Em cada 100 assaltos, só 2 resultam na prisão de alguém. E é com base nesses 2 casos que a Defensoria Pública monta sua argumentação. O único dado concreto sobre reincidência que conheço vem das pesquisas do Prof. Pery Francisco Assis Shikida, que mostraram que 65% dos presos de alguns presídios do Paraná eram reincidentes.”
Quem leu apenas a coluna de Ancelmo, sem a devida atenção ou o conhecimento adequado, ficou com a nítida impressão de que os bandidos não retornam para a vida do crime, e que a impunidade não é tão grande assim. Afinal, a “audiência de custódia”, uma excrescência tupiniquim, libera marginais que, “arrependidos”, retornam para a sociedade para se tornarem trabalhadores honestos. Até parece!
Como Bene Barbosa e Roberto Motta argumentam, a estatística ignora o essencial: a imensa maioria dos bandidos que sequer é descoberta! Aliás, pergunto para a própria esquerda, já que Ancelmo mesmo é um que adora repetir o mantra “Marielle Presente”: já pegaram os assassinos da vereadora Marielle Franco, do PSOL? Não?! Pois é. E isso mesmo com toda a pressão da mídia, que canonizou a moça. Imagina agora o que acontece por aí, com assassinos de gente menos famosa ou “importante”…
Enquanto isso… o governo prepara um mutirão para libertar até 50 mil presos:
Defensores públicos de todo o país apresentaram ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, nesta terça-feira, um plano para diminuir a superlotação nos presídios. A ideia é pedir a soltura de presos provisórios há mais de seis meses por crimes patrimoniais e, no caso de condenados, a progressão antecipada para o regime aberto dos que estão em semiaberto, mas já próximos de obter o benefício. Jungmann deu sinal verde para o projeto, que vai começar em junho pelo estado do Ceará. A estimativa é que a ação custe cerca de R$ 35 por preso e atenda 50 mil detentos até o fim de 2018, o que deve ampliar a demanda de trabalho do Judiciário nos estados.
Como Bene Barbosa disse, “Quando alguém lhe perguntar porque você quer ter uma arma, mostre isso…” O Brasil é um país que trata melhor os bandidos do que suas vítimas, que tem governador que dá medalha para a “viúva” de uma vereadora socialista morta, mas ignora a pedagoga heroína que sacrificou a própria vida para salvar crianças numa creche em chamas, que tem jornalistas que espalham por aí mentiras dando a ideia de que bandidos não retornam ao crime quando soltos, que tem vários “intelectuais” que pensam que basta mais escolas públicas para reduzir o crime, que tem defensores que, para atacar o problema da superlotação, em vez de demandar a construção de mais prisões, pedem a soltura dos marginais perigosos, que tem um governo que, apesar do plebiscito, faz de tudo para impedir o cidadão de bem de ter uma arma para sua legítima defesa.
O Brasil, enfim, não é um país sério. É um oásis dos marginais, isso sim!
Rodrigo Constantino
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