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Por Marcel Balassiano, publicado pelo Instituto Liberal

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Na tabela e nos gráficos abaixo, verifica-se o comportamento da taxa nominal de câmbio, risco país (medido pelo CDS de 5 anos) e do Ibovespa, nos dias entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais de 2014 e 2018, com a última sexta-feira antes do primeiro turno (de cada ano) como base 100.

Em 2014, os dois turnos das eleições foram nos dias 05/10 e 26/10, portanto utilizei os dados de fechamento dos dias 03/10 e 24/10 (sexta-feira anterior, tanto do primeiro quanto do segundo turno). Este ano, as datas das eleições foram 07/10 e 28/10, logo os dados de fechamento dos dias 05/10 e 26/10 foram utilizados.

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Observa-se, na comparação dos dois períodos (dias entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2014 e 2018), que neste ano, o real se fortaleceu mais do que em 2014, bem como o risco caiu mais e a bolsa também subiu mais.

Começando pelo câmbio, em 2014, ficou praticamente estagnado nesse período (R$ / US$ 2,46 e 2,47), diferentemente de agora, em que passou de R$ 3,84 / US$ para R$ 3,64 / US$. Vale frisar que o câmbio encerrou ano passado em R$ / US$ 3,31, se desvalorizou num primeiro momento por motivos externos (praticamente todos os países emergentes viram suas moedas se desvalorizarem, bem como o risco aumentar), e depois por causa de questões locais, principalmente das incertezas eleitorais, chegando ao patamar de R$ / US$ 4,20 em meados de setembro. Começou o mês de outubro acima dos R$ 4,00 / US$ e, na semana anterior do primeiro turno, recuou para R$ / US$ 3,84. As expectativas de mercado, de acordo com a mediana do último Boletim Focus, indicam um câmbio de R$ / US$ 3,71 no final do ano.

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O risco este ano, no período analisado, recuou mais de 15% (passou de 246 pontos para 207 pontos). Assim como o câmbio, o CDS, que encerrou 2017 em 162 pontos, primeiro aumentou por fatores externos e depois por motivos internos, com a incerteza eleitoral tendo um papel importante nisso. O risco chegou aos 310 pontos no início de setembro, recuou para 266 pontos no início de outubro e diminui quase 7% na semana anterior ao primeiro turno e mais de 15% entre o primeiro e o segundo turno. Nas eleições de 2014, o recuo do risco foi modesto, passando de 175 para 165 pontos. Finalmente, o Ibovespa aumentou mais de 4,0% no período analisado este ano, enquanto recuou quase 5% em 2014.

Vamos esperar os próximos passos do Presidente agora eleito, bem como de sua equipe econômica, liderada pelo futuro ministro Paulo Guedes, para observar o comportamento destas e de outras variáveis.

Sobre o autor: Marcel Balassiano é mestre em Economia Empresarial e Finanças (EPGE/FGV), mestre em Administração (EBAPE/FGV) e bacharel em Economia (EPGE/FGV).