O jornal O GLOBO traz hoje uma grande reportagem de página inteira sobre as “laranjinhas”, as bicicletas de aluguel espalhadas pelo Rio. O serviço estaria bem aquém do imaginado e desejado. Eis um trecho:
Foi amor à primeira vista. Cariocas e turistas se encantaram quando, em outubro de 2011, um sistema de aluguel de bicicletas, o Bike Rio, tingiu de laranja — cor do banco patrocinador do projeto — as ruas e ciclovias da cidade. Passados quase seis anos, a lua de mel — foram 20 milhões de viagens no período —, parece ter acabado. Usuários reclamam de uma série de problemas, que vão desde equipamentos quebrados à dificuldade de se encontrar um ponto de aluguel que esteja funcionando.
Na tarde desta terça-feira, o aplicativo Bike Rio mostrava que 37 das 260 estações espalhadas pelas zonas Sul, Norte e Oeste estavam inoperantes (14,2% do total). Uma nova empresa assumiu a operação no mês passado com a promessa de melhorar o serviço, mas, até agora, não há prazo para a implantação das mudanças previstas, que incluem a compra de três mil bicicletas, de modelos mais modernos, e sistema antifurto.
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Mas não é só responsabilidade da empresa as dificuldades que os usuários estão enfrentando. A má educação também tem uma boa parcela de culpa já que, com frequência, o funcionamento do programa é interrompido devido a atos de vandalismo. Desde que a Tembici assumiu a operação do sistema, em maio, foram 260 bicicletas vandalizadas, cerca de 10% do total. As estações onde há mais estragos são AquaRio, Pontal, Centro de Convenções, Lúcio Costa, Posto 9 da Barra, Rodoviária Novo Rio, Praça Coronel Castelo Branco, Metrô Praça Quinze, Praia do Pepê e São Conrado.
Então quer dizer que confundiram o Rio com Amsterdã e acharam que daria tudo certo? Ignoraram um pequeno detalhe: o povo. O carioca não é exatamente o holandês, né? Tampouco nossas instituições são as mesmas. E aí tudo deu errado. Jura? Que surpresa!
O McDonald’s tentou uma vez adotar no Brasil o sistema de “refil” grátis dos refrigerantes, mas não deu certo. O motivo? A galera “esperta” comprava um só refrigerante, e dividia com os amigos todos depois. Quanta “malandragem”, não é mesmo?
Soube que aqui em Weston, com cada vez mais brasileiros, uma garotada adolescente tem feito exatamente isso em restaurantes e lanchonetes. Importamos a “malandragem” para cá! E foi justo dela que tentei fugir. Quanto tempo até que cancelem os serviços benéficos ao consumidor se continuar assim?
Um país de “malandros” sempre vai produzir uma nação de otários, como mostro em meu livro mais recente, Brasileiro é otário? – O alto custo da nossa malandragem. A esquerda caviar fantasiou todos circulando pelo Rio só com “bikes”, algo ecologicamente correto. Só não lembrou que estava no Rio, em vez de Amsterdã. Deu “ruim”…
Rodrigo Constantino
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