Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal
Segundo informa o portal UOL, a Coreia do Norte está contratando professores estrangeiro. Esta talvez seja uma grande oportunidade para aquele seu professor apaixonado pelo comunismo. É chegada a hora de migrar para o tão sonhado “paraíso” comunista amplamente defendido pelos doutrinadores. Mas para entrar no “céu” é preciso disciplina, por isso a República “Popular Democrática” da Coreia apresenta alguns requisitos para as candidaturas. Vejamos quais são:
Obedecer às autoridades: como não poderia deixar de ser numa ditadura comunista, é necessário se submeter ao Estado. Mas é provável que este não seja um problema para os doutrinadores, que lamentam a democracia representativa – o Estado “burguês”, como dizem – e vivem fazendo proselitismo político em favor de ditaduras vermelhas de toda sorte. É esperado dessa turma que não reclame do Estado norte-coreano durante sua estadia, do contrário, ela cairia na contradição de acabar concordando com os liberais.
Esquecer o salário: agora complicou! Comunista adora dinheiro, e os professores – muitos deles universitários – não ganham apenas um salário mínimo. Mas no “paraíso comunista” será necessário trabalhar como voluntário, ou seja, “praticar o bem”, ser “altruísta”, “olhar pelo outro”, “não ser ganancioso” e ter “a causa acima de tudo”. Será que aceitarão? Eles não poderão ter casas próprias, pois dormirão no campus da universidade e ainda terão o luxo de acessar a internet, que é proibida no país. No entanto, o acesso à internet será censurado e monitorado. Mas claro que isso também não será um empecilho para o seu professor de esquerda que defende a intervenção estatal até nas coisas mais íntimas, a não ser que ele seja – e isso é muito plausível – um grande hipócrita.
“Multitarefa, flexível e paciente”: para a vaga de assistente administrativo, conforme aponta o governo norte-coreano, “O candidato ideal deve ter motivação pessoal e ser um indivíduo dedicado que trabalhe bem de forma independente, mostrando disposição para aprender.” É isso mesmo? Eles falaram em trabalhar bem de forma independente? O correto, levando em consideração o coletivismo propagado pelo comunismo, não seria dizer “trabalhar sempre em grupo sem focar no individualismo”? Parece que quando a meritocracia é conveniente, até os comunistas esquecem a “causa”, não é mesmo? Aliás, ser “flexível”, como exigem, é algo que o governo de Kim Jong-un não é. Gostaria de saber o significado da palavra “flexibilidade” no dicionário comunista adotado por uma fração significativa de idiotas úteis brasileiros.
E por falar em brasileiros, vamos ao próximo ponto.
Brasileiros podem se candidatar: apesar de todos os problemas que encontramos no Brasil, ainda somos uma democracia. Mas agora, com esta chance, que tal os doutrinadores migrarem para a Coreia do Norte e trabalharem única e exclusivamente pela causa que vivem favorecendo em sala de aula? Mesmo que a universidade tenha tido “dois de seus professores presos pelo regime norte-coreano nos últimos 20 dias”, isso não assustará seu professor doutrinador, afinal de contas, o que é a prisão de dois professores para quem insiste em relativizar os milhões de mortos por esta mesma ideologia?
Finalmente, não se esqueça de comunicar seu professor doutrinador a respeito destas vagas. Dentre todos os benefícios que poderíamos ter, dois se destacam: 1) seu professor doutrinador finalmente conheceria o “paraíso” comunista com o qual sempre sonhou; 2) teríamos menos doutrinadores em território brasileiro.
Em suma, a mudança de professores doutrinadores para a Coreia do Norte seria um grande favor aos brasileiros.
Boa viagem!
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