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Cota para baixinhos!

Um artigo de Ib Teixeira publicado no GLOBO hoje vai exatamente na mesma linha irônica de um antigo vídeo meu (abaixo). O autor brinca com o fato de que há cotas para tudo hoje, com base em estatísticas deturpadas que mostram, com base em médias, que certos grupos ganham menos que outros. Por esse critério, dá para justificar quase tudo. Até mesmo cota para baixinhos, que seriam vítimas de “preconceito”. Diz ele:

As cotas estão na ordem do dia. Farta distribuição para negros, índios e assemelhados. Cotas e mais cotas. Por que então não criar cotas para os baixinhos? A pesquisa mostrou que nos Estados Unidos baixinho não tem vez no governo, na política, nem nos esportes. Já o psicólogo Thymothy Judge, da Universidade da Flórida, comprovou que cada polegada a mais na estatura poderia representar um aumento no salário de US$ 789. No Brasil ninguém se admite baixinho. Os artifícios são variados. Aqui no Rio, na Avenida Mem de Sá, a Sapataria Motta era o encontro de muitos baixinhos aflitos em busca de alguns centímetros a mais nos solados dos sapatos. Um dia o Motta, que também era baixinho, desabafou comigo: feliz é a mulherada que pode usar saltos de sete centímetros…

De fato, utilizando-se os mesmos argumentos usados para a defesa de cotas raciais, é absolutamente possível sustentar a necessidade de cotas para baixinhos. Ocorre que são argumentos frágeis, que tratam indivíduos como seres amorfos perdidos em meio a estatísticas coletivistas, e criam novas injustiças para combater outras (no caso da altura, da própria natureza, ou da falta de alimentação correta na infância). Aqueles que rejeitam as cotas por altura também deveriam rejeitar aquelas por “raça”. Segue meu vídeo sobre o tema:

httpv://youtu.be/LskqGDzujj4

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