Após as últimas notícias sobre recursos investigados pela Operação Lava-Jato aportando na conta de blogueiros conhecidos por sua postura chapa-branca em defesa do governo, venho aqui endossar a campanha de Reinaldo Azevedo: precisamos investigar mais, precisamos de uma CPI dos Blogs! Vejam:
O Ministério Público identificou quatro pagamentos, de 30 000 reais cada um, das contas de uma empresa do lobista Milton Pascowitch para a editora 247, que mantém na internet o site Brasil 247. Os pagamentos foram feitos no segundo semestre do ano passado, em 15 de setembro, 10 de outubro, 11 de novembro e 10 de dezembro, e aparecem na quebra de sigilo da Jamp, empresa de Pascowitch investigada na Operação Lava Jato.
O documento da quebra de sigilo mostra que os valores saíram de uma conta da Jamp no banco Itaú (agência 4005, conta 02233-2) para a conta da editora 247, no Bradesco (agência 6621, conta 140400-8).
Um dos donos da editora 247, segundo documentos na Junta Comercial, é o jornalista Leonardo Attuch, cujo nome já apareceu em uma das anotações do doleiro Alberto Youssef, com beneficiário de seis pagamentos de 40 000 reais.
O Ministério Público investiga a Jamp, uma empresa de fachada criada com a finalidade de lavar dinheiro e que, suspeita-se, tenha servido para repassar dinheiro do esquema da Petrobras para os blogs de mercenários a soldo do governo e do PT.
Não há nada pior para o jornalismo do que mercenários disfarçados de jornalistas. O pior é que tem muita gente que cai no relativismo tosco e diz que todos são assim, que, afinal, alguém paga a conta e que é impossível ser imparcial. Pergunto: a quem interessa tal mistura do joio e do trigo? Sem dúvida não aos que fazem jornalismo sério.
O problema não é bem ter lado. Todos nós temos nossas convicções, nosso ponto de vista. O problema é mais quando esse lado não é fruto de tal convicção, mas sim dos recursos pagos. Nesse caso é prostituição mesmo. Outro problema é fingir imparcialidade quando se tem claramente um viés, e pior ainda quando tal viés é o resultado das verbas públicas.
A liberdade de imprensa é um dos pilares mais importantes da democracia. Sem ela há apenas autoritarismo. E a liberdade de imprensa pressupõe independência financeira. Veículos bancados pelo governo não podem ser chamados de imprensa, pois são apenas braços partidários, a extensão do departamento de marketing dos governantes.
Para limpar nossa imprensa e nossas redes sociais desses soldados petistas pagos com os nossos impostos, faz-se mister aprofundar as investigações sobre a grana desviada pelo governo para a blogsfera chapa-branca e suja. Alô, senador Ronaldo Caiado, eis aí uma importante missão que lhe caberia muito bem. Que tal pedir uma CPI dos Blogs? Quem não deve, não teme. E quem teme, deve muito.
PS: Abaixo, uma pequena lista de blogs que peguei no Facebook como sugestão para as investigações. Não é acusação, e sim uma singela contribuição para facilitar o trabalho de Sergio Moro e companhia, pois são blogs claramente suspeitos, e quem atua nessa área sabe bem do “comprometimento” deles com os fatos:
PS2: Pergunto-me quem ainda leva a sério esses blogs petistas, e concluo que é preciso estar muito desesperado para preservar a utopia, o esquerdismo, o próprio PT, a ponto de usar como fonte de dados e argumentos “jornalistas” que claramente trabalham não em prol da verdade, mas sim em prol do governo.
PS3: Eu entendo o ódio que esses “intelectuais” de esquerda sentem da Veja e seus blogueiros. Deve ser terrível saber que o outro lado pode falar realmente o que pensa, expor fatos e criticar os corruptos sem medo de perder uma boquinha.
Rodrigo Constantino
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