Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal
Tenho grande admiração pelo Paulo Guedes e muitos integrantes da equipe econômica, alguns dos quais tenho a honra de conhecer pessoalmente. Considero a proposta da reforma previdenciária excelente e gostaria muito de vê-la aprovada, para o bem de todos nós e das futuras gerações.
O problema é que o presidente e alguns de seus auxiliares e consultores mais próximos, que são os personagens mais importantes da cena atual, continuam a nos brindar com um verdadeiro festival de improviso, amadorismo, idas e vindas, trocas de acusações públicas, truculência verbal e demonstrações explícitas de vaidade.
Ao contrário dos entusiastas e tietes de políticos, acho que o dever de todo cidadão é muito menos aplaudir as boas ações do que criticar o que considera errado.
Embora bastante cético, torço para que o governo dê certo, até porque moro aqui e só teria a perder em caso de novo fracasso. Mas com elogios e aplausos, apenas, você ajuda muito pouco ou quase nada. Aliás, minto: ajuda a criar monstros. Ainda me lembro, como se fosse hoje, dos anos de 2003 e 2004, quando a imensa maioria dos eleitores e da mídia transformou Lula num semideus, praticamente imune a críticas. Deu no que deu…
Nada contra quem gosta de ficar levantando a bola de políticos e burocratas. Respeito a liberdade de cada um. Este escriba, no entanto, acredita que a crítica é muito mais necessária do que o aplauso. “Ah, mas algumas críticas são injustas”. Sim, e isso é da vida. Muito pior do que críticas injustas é crítica nenhuma.
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