O governo de Cuba anunciou, nesta quarta-feira (14), o fim de sua participação do programa Mais Médicos no Brasil.
Em nota divulgada pelo Ministério da Saúde do país caribenho, a decisão é atribuída a questionamentos feitos pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), à qualificação dos médicos cubanos e à exigência de revalidação de diplomas no Brasil.
Pelas regras do Mais Médicos, profissionais sem diploma revalidado só podem atuar nas unidades básicas de saúde vinculadas ao programa “nos primeiros três anos”, como “intercambistas”.
A renovação por igual período só pode ser feita caso esses profissionais tenham o diploma revalidado e o aval de gestores nos municípios. No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que a ausência de revalidação do diploma era constitucional.
Um dos programas mais conhecidos na saúde, o Mais Médicos foi criado em 2013, na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), para ampliar o número desses profissionais no interior do país.
Fui um crítico severo desse programa desde o começo, e uma rápida busca no blog comprova isso. Exportar “médicos” virou um grande negócio da ditadura cubana. São, na verdade, escravos do governo, e muitas vezes despreparados para exercer a profissão. O mito da saúde cubana engana muita gente, mas a realidade é outra, bem diferente.
Revalidar o diploma é uma exigência básica nessa situação. Compactuar com o regime de escravidão cubano também representa um deslize moral complicado. Leandro Ruschel resumiu bem a questão:
Claro, há o argumento de que a população carente desassistida do interior sai perdendo com a retirada dos milhares de cubanos que, mal ou bem, atuavam como se fossem médicos. Mas não é possível achar que, com centenas de milhares de médicos e enfermeiros em nosso país, seja tão imprescindível assim a “ajuda” cubana.
Bolsonaro, portanto, está certo ao fazer exigências, lembrando que a decisão de romper o acordo foi unilateral e de Cuba:
Num gesto magnânimo, o presidente eleito poderia oferecer asilo político a esses cubanos que hoje vivem no Brasil, se desejarem. São escravos, e todo escravo merece a liberdade. É preciso expor a real natureza desse regime nefasto ainda idolatrado pelos idiotas úteis do comunismo.
Rodrigo Constantino
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